Lucas 24.13-35O que quero propor a você é que não existe problema grande ou pequeno. O que existe é a maneira como encaramos os problemas. Aí, sim, eles se tornam grandes ou pequenos, e até inexistentes dependendo da perspectiva com que olhamos. Já disse um cientista norte-americano chamado John Roland, que propôs serem os olhos as janelas da alma. Antes mesmo desse homem, Jesus já havia proposto isso quando afirmou: “Os olhos são a candeia do corpo...”. Ou seja, o corpo reage à maneira como olhamos para as circunstâncias da vida.
Então, vejamos: Dois discípulos à caminho de Emaús quando encontram a Jesus ressurreto, mas sem saber que era Jesus. Uma coisa me deixou intrigado: se eram discípulos de Jesus, conheciam a Jesus; então, por que não o reconheceram? O texto diz que “seus olhos foram impedidos de reconhecer a Jesus”. O que lhes impediu? Temos razão o suficiente para acreditar que esses dois discípulos não caminhavam apenas para o povoado chamado Emaús, o qual se tem pouca informação; apenas que era um vilarejo. Caminhavam em direção à esperança. Esperança que estava morrendo como podemos perceber nas informações que o texto dá: “rostos entristecidos” (v.17), “Nós esperávamos que ele ia trazer redenção a Israel, e hoje é o terceiro dia em que tudo aconteceu” (v.21). Em outras palavras, é como se dissessem: Nossa esperança está morrendo. Acreditamos em algo que não acontecerá. Estamos de todo perdidos...
Entretanto, tudo depende de como olhamos. Jesus morreu, seus planos ficaram frustrados, não existe mais horizonte, se sentiram derrotados. O texto ainda diz no verso 15: "Eles estavam conversando a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam...". Quando estamos preocupados com nossos problemas, sempre fixamos nossos olhos neles; conversamos com alguém a respeito deles, e parece que ficamos numa roda sem soluções, ficando assim cada vez mais frustrados e sem esperanças.
Quando olhamos demais para os problemas, veja o que acontece:
1. Perdemos a consciência da presença de Jesus (vs. 15-16).
"Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus chegou perto e começou a caminhar com eles, mas alguma coisa não deixou que eles o reconhecessem...".
Muitas vezes achamos que Jesus não está perto de nós. Você já se sentiu assim? Quando perdemos a consciência da presença de Jesus, o que se faz presente?
2. Perdemos a alegria pela pressão das circunstâncias (v.17).
"Eles pararam, com um jeito triste"...
Quando achamos que Jesus não está por perto para nos ajudar perdemos a paz. Nosso rosto se abate, entra a tristeza.
3. Perdemos a confiança de quem é Jesus (vs18-21)
Aqui está uma desconfiança no coração daqueles discípulos. Quando nos concentramos nos problemas paira a dúvida sobre o que Jesus pode fazer. Quem é Jesus para você?
4. Perdemos a sensibilidade no ouvir os testemunhos (vs 22-24)
Outras pessoas falaram sobre a ressurreição, mas eles não acreditaram. Muitas pessoas têm testemunhado daquilo que Jesus tem feito na vida delas, e você acha que Jesus não vai fazer na sua. Você tem crido nos testemunhos?
5. Você perde o entusiasmo pela Palavra (vs. 25-27)
Era o próprio Jesus que estava falando, mas naquele momento, eles não o reconheciam. Jesus falou sobre tudo o que a Palavra dizia sobre ele, mas eles não o reconheceram. Você tem buscado a Deus em sua Palavra? O que a Bíblia tem a haver com seus problemas?
Agora, se você tem experimentado isso, há duas atitudes que você deveria tomar para gerar uma mudança na sua vida:
a) Convide Jesus para ficar com você (v. 29) - A palavra constranger (em algumas versões) tem o sentido de insistência; em outras diz que insistiram com Jesus; ou seja, mostraram que era muito importante a presença dele. Quanto será que temos demonstrado para Jesus que ele é importante para nós, e desejamos que ele não se aparte nenhum momento de nós?
b) Convide Jesus para te guiar na vida (v.30) - Somente se dava o direito de conduzir a comunhão do partir para uma pessoa que nitidamente fosse reconhecida como autoridade espiritual. Devemos convidar Jesus para que nos guie na vida. Ele mesmo disse: "Eu sou o caminho... ninguém vai ao Pai senão por mim...".
Os resultados:
Os resultados:
a) Restauração da consciência da presença de Cristo (v.31): "Aí os olhos deles foram abertos, e eles reconheceram Jesus"....
b) Adoração - é a volta da percepção do verdadeiro Jesus. Eles voltaram a reconhecer a Jesus, o Filho de Deus, o Messias prometido, o Resgatador, o Libertador, o Santo de Deus.
c) Restabelecimento do ardor pela Palavra de Deus (v.32): "Então eles disseram um para o outro: -Não parecia que o nosso coração queimava dentro do peito quando ele nos falava na estrada e nos explicava as Escrituras Sagradas?"
d) Perceberam que aquilo que estavam sentindo quando Jesus lhes anunciava a Palavra, ardia em seu coração, mas só ficaram conscientes deste valor quando pediram a Jesus para guiá-los na Comunhão.
e) Retomada da Carreira (v.33): "Eles se levantaram logo e voltaram para Jerusalém...". Voltaram para Jerusalém onde estavam os outros discípulos - Voltaram para somar, voltaram para estar juntos. Voltaram para arregaçar as mangas, voltaram para juntos servirem a Jesus.
f) Restauração do vigor no Testemunho (v.35): "Então os dois contaram o que havia acontecido na estrada e como tinham reconhecido o Senhor quando ele havia partido o pão".
Conclusão
Hoje, convide a Jesus para entrar em sua vida. Não sei se o seu problema é pequeno, médio ou grande demais, mas o fato é que se você continuar andando como se Jesus ainda estivesse morto, será como esses discípulos do texto: rostos tristes e sem esperança. Ao contemplar o Jesus ressurreto perceberá a chama da esperança ardendo novamente em seu peito. Permita que Jesus caminhe com você e lhe traga de volta aquilo que em sua alma começou a morrer. A sua vida está acabando, é a sua família que não se entende, o que é o seu problema. Abra os olhos e veja Jesus pertinho de você.
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