“Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção”. Salmo 34.5
Certa mulher teve uma reação de tristeza ao assistir a um vídeo acerca do parto que certo professor apresentara a sua classe. Depois de ver a metade do filme, ele se levantou e saiu. Mais tarde, se dirigiu ao professor para dizer como ficara surpresa e confusa com a reação que ela mesmo tivera. Ela fora vencida por extrema tristeza e uma vontade incontrolável de chorar, o que fez por mais de uma hora. Perguntou ao professor se aquilo estava relacionado com eventos ocorridos em sua vida há quatro anos passados. Naquela época sofrera um aborto e na semana seguinte seu marido morrera repentinamente. Perguntou ainda se sua reação ao filme sobre o nascimento de bebês fora uma experiência adiada de tristeza. Lembrou que havia passado pouco tempo preocupando-se com a morte do seu bebê, porque a morte do marido ocupou soberanamente os seus pensamentos e emoções durante aquele período.
Este é um exemplo clássico, segundo os psicólogos, do que pode acontecer sempre que o processo de tristeza é impedido. A tristeza é um processo normal e necessário. Todos sentem tristeza. Se a tristeza não merecer a devida atenção, ela pode se manifestar mais tarde como “tristeza retardada”, podendo provocar problemas físicos e emocionais sérios.
Porém, os que olham para o Senhor, garante o salmista, “estão radiantes de alegria” e “seus rostos jamais mostrarão decepção”. A expressão do rosto revela o que está escondido no coração. Daí o rosto não mais abatido de Ana depois de sua oração (1 Sm 1.18). Ao ver o semblante alterado de Neemias, o rei Artarxerxes lhe perguntou: “Por que o seu rosto parece tão triste, se você não está doente? Essa tristeza só pode ser do coração!” (Ne 2.2).
Os que estão cheios de alegria irradiam para todos os lados. A alegria deles sai do coração para o rosto e do rosto para o ambiente onde estão e por onde passam. Não é uma alegria egoísta, fechada dentro de quatro paredes, reservada, escondida. É uma alegria pública, contagiante e comunitária. Os radiantes de alegria não conseguem esconder o regozijo, não precisam mentir que estão alegres, não fabricam alegria artificial. A alegria deles é a consequência de uma atitude: “Os que olham para o Senhor estão cheios de alegria”.
Entretanto, a alegria admite que pode haver tristeza. Como a história contada no início, não há como passar pela existência sem sermos perturbados vez por outra por situações assoladoras que promovem tristeza. O problema não é passar por situações extremamente perturbadoras, mas como passamos por elas. O salmista propõe que aqueles que mantém seus olhares em Deus se alegram, pois a alegria possuiu uma fonte: DEUS. A alegria é o fruto da intimidade com Deus. Quem está cheio de alegria a transmite, pois não consegue guarda-la só para si. Quem olha para Deus, quem busca a Deus, quem tem Deus como Deus em sua vida se alegra, pois vê em Deus a possibilidade de não ser dominado pela tristeza. Experimenta tristeza por vezes, mas as vence com a alegria no Senhor. As tristezas são passageiras.
Querido, não sei a sua condição atual, as circunstâncias que envolvem sua existência. Mas uma coisa sei: a alegria se torna evidente na medida em que mantemos nossos olhares em Deus. Seja essa a sua atitude.
0 comentários:
Postar um comentário