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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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QUE A CAMPANHA NÃO TENHA SIDO APENAS CAMPANHA


Neemias 8

Podemos dizer que a campanha “49 Dias de Encontro com o Pai” foi um tempo de redescoberta. O povo de Israel também redescobriria o seu Deus, e isso marcaria para sempre a sua vida. Depois do término da reconstrução dos muros de Jerusalém, o povo é reunido em torno das Escrituras no mês da festa dos Tabernáculos, nela redescobriram o Deus que estava no esquecimento. 

Quando os crentes redescobrem Deus que está por detrás dos eventos e revelado na Bíblia, experimentam uma espiritualidade incomum. Por isso, há um desafio pra você: que a campanha dos 49 dias não tenha sido uma campanha, somente. Que tenha sido uma firme decisão de continuar se encontrando com o Pai. Para isso, atente para três desafios:

1. BUSCAR MAIS A DEUS (VV.2-6)

Vemos o povo se reunindo em torno das Escrituras. Havia um sentimento de reconhecimento por tudo o que Deus fizera. Então o povo pede, e Esdras lê e ensina as Escrituras. O verso 3 diz que desde o nascer do sol até ao meio-dia, o que para nós - hoje - seriam 6 horas, de leitura e meditação.

Em outras palavras, toda vez que Deus realiza grandes feitos na vida do seu povo, deve o povo se desejar mais de Deus não pelo feito em si, mas por Deus em si. A obra realizada por Deus foi absolutamente extraordinária. O resultado de tudo isso foram os sentimentos de humilhação, rendição e adoração, narrados nos versos 5 e 6. Tudo pela busca do Senhor revelado.

É provável que aqui há pessoas que se contentam em ter visto os atos poderosos de Deus durante a campanha. Mas é provável também, e quem sabe em maior número, que há pessoas aqui que desejam ainda mais e buscam ao Senhor. Você tem sentido algo especial na sua vida, na sua família, na sua igreja. Algo que reconhece que só Deus pode estar agindo. Deus deseja algo mais de você: humilhação, rendição, adoração. Você já tem sentido a necessidade de buscar ao Senhor, “vá fundo”. 

2. BUSCAR NOVAS EXPERIÊNCIAS (vv.8-13)

Ao meditar nas Escrituras redescobriram Deus. O Deus que estava esquecido. Começaram a lamenta por ter vivido tanto tempo na ignorância. Com isso perderam muitas experiências. A festa lembrava ao povo do que Deus fizera no passado e desejava fazer outras mais no presente e futuro. Então aquele sentimento de tristeza passou. Logo, entraram no “espírito da coisa”: vamos descobrir mais do que Deus é capaz!

Isso mostra que o povo até antes de Deus intervir não compreendia a possibilidade de ter experiências tão marcantes com ele. Talvez você esteja assim também. Há muito tempo sem ter comunhão, sem ter experiências com Deus. Alguns tem compartilhado experiências vividas ao longo das sete semanas. Você que tem buscado essas novas experiências com o Senhor, continue. Não pare. Prossiga. Você verá o que Deus é capaz. Capaz de falar com você diretamente. Capaz de responder as suas orações. Capaz de realizar coisas grandiosas e incontáveis.

3. NÃO SE CONTENTE COM CERIMÔNIAS (VV.13-17)

Nem todos se prenderam à solenidade da festa. Quiseram e foram além. Depois de redescobrirem o Deus que se revelara na Palavra, começaram a se alegrar e, então, no dia seguinte, foram a Esdras e pediram para que continuasse a lhes ensinar as Escrituras. Fizeram isso durante sete dias. No capítulo 9 já havia se passado 16 dias, e qual era a atitude do povo? O verso 3 informa: durante 6 horas meditaram nas Escrituras e mais 6 horas de confissão e adoração. Sabe o que isso significa? Precisavam apenas cumprirem os sete dias, mas foram além. O povo estava experimentando um grande avivamento. Quando foram além a festa que sempre celebravam tornou-se uma festa espiritual. Aleluia, Deus estava presente!

Os cultos que sempre são realizados por você agregarão novo valor se Deus for redescoberto. Não se pode acostumar com o culto, assim como o povo estava acostumado com a festa dos Tabernáculos. O avivamento acontece quando se tem contato com a revelação de Deus. Você pode estar acostumado a ouvir da Palavra, mas não se aproxima de Deus por meio dela. Muitos vão a Bíblia, mas o coração está distante de Deus, continua fechado. O avivamento não é produzido pelos feitos de Deus, mas por Deus na vida dos crentes.

CONCLUSÃO

Portanto, querido, receba tais desafios como sendo de Deus pra você. Não pare nos 49 dias. Que eles sejam multiplicados por muitos outros. Continue buscando ao Pai, pois Ele continuará no mesmo local e na mesma hora em que esteve com você durante esse tempo.

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O INFERNO SÃO OS OUTROS


        O Filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre defendeu que a experiência relacional se dá pela experiência do olhar. O olhar do outro me torna real. O outro confirma minha existência, isso instiga e inquieta.  Desencadeia uma crise de aceitação, pois só desejo ver refletido no outro o melhor de mim mesmo. Porém, o outro enxerga mais do que gostaríamos, desconhece nossas motivações interiores. É o que assevera.
            Na peça teatral “Entre quatro paredes” (1944), Sartre pondera sobre a questão da imagem e ilustra suas ideias. Após morrer, três indivíduos vão parar no inferno. Garcin, era um homem de letrado, Estelle é uma fútil burguesa que ascendeu socialmente pelo casamento, Inês é homossexual, funcionária dos correios, agressiva, admite suas culpas. Não foram parar no inferno a toa: cada um responde por um crime. Estão confinados numa sala, sem espelhos, sem necessidade de se alimentar ou de dormir, por toda eternidade. São obrigados a se ver através dos olhos dos outros; olhos esses que não teriam sido os escolhidos para se conviver. Vaidosa e egoísta é patético o desespero de Estelle por um espelho. Inês arregala os olhos para que ela possa se enxergar. Ela se vê tão pequenina... Tudo isso os incomoda bastante, pois não conseguem enganar uns aos outros por muito tempo e, aos poucos vão se constrangendo cada vez mais.
            Inês tenta conquistar Estelle, que a repudia. Estelle, por sua vez, buscará a paixão de Garcin, que a ignora. Inês, interessada em Estelle, jogará um contra o outro, explicitando as faltas deploráveis de ambos; faltas essas que nenhum quer admitir. Numa convivência insuportável, Estelle, revoltada, tenta matar Inês, mas ela dá boas gargalhadas: já está morta. Garcin tenta, inutilmente, convencê-la de que não é um covarde. Não conseguindo, tenta se vingar amando Estelle diante de Inês.
            Sem que possam sequer expiar suas faltas, descobrem o horror da nudez psíquica que os outros lhes evidenciam. Está revelado o verdadeiro inferno: a consciência não pode furtar-se a enfrentar outra consciência que a denuncia, por isso: “o inferno são os outros”. “Os Outros” são todos aqueles que, voluntária ou involuntariamente, revelam de nós a nós mesmos. Algumas vezes, mesmo sufocados pela indesejada presença do outro, tememos magoar, romper, ferir e, a contra-gosto, os suportamos. Uma vez que a incapacidade de compreender e aceitar as fraquezas humanas torna a convivência realmente um inferno.
            Apesar de ser um existencialista ateu, Sartre, tinha alguma razão. O mundo seria melhor se não fossem “os outros”. Como seria maravilhoso se as pessoas não nos atrapalhassem! Se todas fossem iguais a nós! Ah, aquela esposa que atrapalha o marido quando deseja momentos individuais de prazer diante de uma partida de futebol! Como seriam felizes os filhos que não tivessem os pais para lhes cobrar presença e boas notas na escola. Os pais que nunca compreendem os filhos; seria o paraíso para eles se não existissem. Se não fosse aquele chefe o ambiente no trabalho seria o céu. Que maravilha seria se não existissem pastores para nos corrigir e exortar.
            Sabe por que Sartre tem alguma razão quando disse que o “inferno é os outros”? Porque nós nos achamos os perfeitos. Somos os bons. As nossas palavras são a expressão da coerência, sabedoria e conhecimento. Somos o “supra-sumo”. Os outros é que são errados. No entanto, a vida poderá ser muito melhor se formos honestos conosco mesmos reconhecendo que não há como esconder aquilo que somos. Mais cedo ou mais tarde os outros denunciarão nossas fraquezas, limitações e falhas. Na medida em que acharmos que os outros estão sempre de má vontade conosco, serão sempre “o inferno”.
            Compreenda que você é um ser livre e pode, então, não lançar mais sua infelicidade ou fracasso às causas externas: aos pais, ao inconsciente, ao ambiente, à personalidade indomada e etc. Por outro lado, antes de querer mudar os outros tenha em mente que você precisa mudar-se primeiro. Muitas vezes não são os outros o problema, mas nós mesmos. É preciso reconhecer isso.

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GRAÇA

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SAUDADE!

Tenho razão de sentir saudade, tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora. Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas 
na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drummond de Andrade


Saudade daquele que foi durante cinco anos e meio não apenas ovelha, mas irmão e companheiro em muitos momentos. Ildemar Polsachi, falecido neste sábado. Um dia estaremos juntos!

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DEUS ESTÁ COMIGO


Deus nunca nos prometeu isenção da dor, do sofrimento, da angústia, etc. Pelo contrário, a Bíblia sempre deixou claro que a vida do homem não seria fácil. Essa realidade foi dita a Adão (Gn 3.17), foi dita por Jesus (Jo 16.33). Mas o que Deus promete é estar conosco em todos os percalços da vida que provocam dor e sofrimento.
Por isso, o salmista pôde exclamar: “O Senhor está comigo, não temerei” (Sl 118.6). Ele mostra certeza e confiança independentes dos dramas da vida. A certeza e o consolo estão não na promessa de ausência do sofrimento, mas na repetida promessa de que Deus estaria com ele (Sl 23.4).
Portanto, querido irmão(ã), cuidado com as supostas promessas divinas. Nas aflições que passa em sua vida pessoal, familiar ou comunitária, a promessa de Deus é clara: “O Senhor está comigo...”. Creia sempre na maior promessa de Deus: a sua presença contínua. Pense, reflita, desfrute da presença de Deus e conclua que não há dor ou sofrimento maiores que o consolo do Senhor. Por isso, mesmo que venham lutas, dores, sofrimentos não se assuste o Senhor está contigo!

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