Há alguns anos, nas Olimpíadas especiais de Seatle, EUA, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com uma enorme vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos corriam com garra, com exceção de um garoto que após alguns metros tropeçou, caiu e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás. Então, numa decisão espontânea, viraram e voltaram, todos eles. O estádio silenciou. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora vai sarar”. Ajudara o menino a se levantar, e todos os competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.
Aqueles atletas tinham algum tipo de deficiência, mas com certeza não eram deficientes da sensibilidade, porque, lá no fundo, eles sabiam que o que mais importa nessa vida é mais do que ganhar sozinho. O que mais importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso.
E nós na corrida cristã? Nela não pode haver o espírito de competição. Não devemos desejar ser o número um. Aparecer mais. Precisamos correr de mãos dadas, mudando o curso, diminuindo o passo e levantando aqueles que forem caindo pelo caminho se for necessário. Só assim atingiremos a linha de chegada juntos. E um estádio de anjos e uma grande nuvem de testemunhas estarão aplaudindo.
LEANDRO MENEGATTE
CORRENDO DE MÃOS DADAS
quinta-feira, maio 27, 2010 |
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Leandro Menegatte
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