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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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CONHECIDO DOS HOMENS, DESCONHECIDO DE DEUS!


Mateus 7.15-23

As pessoas estão a todo o momento buscando um reconhecimento. Um título talvez que as qualifica. Buscando serem vistas e conhecidas pelo que fazem ou pelo que querem que os outros pensam que fazem ou são. Mas o que Deus quer é ver o que não pode ser visto pelos homens. Você pode ser conhecido pelos homens, mas ser desconhecido de Deus: “Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal” (v.23).
O texto em questão é a palavra do evangelho porque fala de essência. Daquilo que define. Daquilo que identifica. Daquilo que faz parte de uma área interna do ser que ninguém vê, mas que determina o caráter, as motivações, as práticas exteriores como produto da existência do evangelho na alma. Daquilo que fala de uma experiência maior à exterior: a conversão da alma para Deus. O que Jesus ensina aqui é que nem todo aquele que tem práticas cristãs é necessariamente um cristão. Nem todo o que tem convicções cristãs está vivendo um cristianismo autêntico. Todavia, todo aquele que é verdadeiramente um cristão possui práticas cristãs. Nesse caso, qual o valor daquilo que está no interior do coração do cristão e qual é o valor dos seus atos visíveis na sua experiência com Deus? A partir do contexto desses versos darei algumas definições para você avaliar a si mesmo e perceber se está vivendo uma religião para ser conhecido e visto pelos homens ou vive o evangelho que o faz ser conhecido de Deus.
Isso tudo aponta para algumas questões:

1. Ser conhecido de Deus não está no nível da aparência, mas da essência.

 “Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão pelos seus frutos...” (vs.15-16a).  Isso tem a ver com o contexto dos versos. O contexto diz de uma seita judaica, o farisaísmo, que prevalecia se justificando pela prática religiosa e se colocando num nível superior aos dos demais. Esses homens eram intolerantes, sem misericórdia, não afetuosos, acusadores, julgadores, maquiavélicos e muitos outros predicados poderíamos usar aqui. Mas davam frutos. Os frutos que produziam lhes davam o status de serem intocáveis e inquestionáveis. Eles produziam os frutos... Entretanto, não era isso que Jesus queria. Não é qualquer fruto... fruto da aparência... mas fruto como resultado daquilo que você é.
A vida cristã não pode ser explicada, avaliada, discernida, criticada pelas práticas consideradas cristãs, inclusive aquelas legítimas percebidas na vida dos crentes. Isto é, não é pelo fazer ou deixar de fazer que podemos ser chamados cristãos, pois o que fazemos ou o que deixamos de fazer é sempre contraditório que se explica pelas questões subjetivas, pessoais, particulares, relativos ao interior do coração do homem que só Deus tem acesso. A vida cristã é algo vivido de dentro para fora; ou seja, o mais importante é o que Deus faz em nosso interior, e não o que fazemos diante dos outros como prática religiosa.
O que o indivíduo é não é o fruto da aparência, mas da essência. Esse é que deve ser medido. É a maneira genuína como vive. A bondade, a serenidade, a humildade, a sobriedade, a generosidade, o espírito dadivoso, pois estes são os frutos daquele que é conhecido por Deus. E aquele que diz que está em mim e dá fruto de outra natureza, pode dizer “Senhor, Senhor”, usando o meu nome, pode fazer coisas extraordinárias, mas Jesus dirá: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, vocês que praticam o mal!”, a natureza de vocês nada tem de mim! Portanto, que tipo de mudanças tem-se operado em vpcê?

2. Ser conhecido de Deus tem a ver com a prática de frutos simples que glorificam a Deus.

“Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (vs.21-23). 
A questão aqui não está simplesmente nas palavras ou nos atos, mas na intenção. Esses homens são os que servem a si mesmos. O seu coração e mente estão cheios de arrogância e desejo de serem vistos e conhecidos pela comunidade religiosa a qual pertencem. Percebam que nas suas palavras Jesus deixa claro que tais pessoas andam na contramão de Deus. Não fazem a vontade de Deus, mesmo que os homens os vejam como ungidos de Deus. Seus pensamentos estão na grandiosidade das suas ações: “profetizamos em teu nome”; “em teu nome expulsamos demônios”; “em teu nome realizamos milagres”. “Mas nunca os conheci”, dirá Jesus. O motivo é que não fariam a vontade do Pai.
Os que são conhecidos por Deus são os que fazem a vontade do Pai, e não a dos homens. Há pessoas que acreditam serem seguidoras de Jesus, mas na verdade não são. Naquele dia o Senhor não consultará o rol de membros da igreja, nem o livro de atas para ver se há registro das suas realizações. Ele diz: “Apenas os que fazem a vontade de meu Pai”.
Jesus diz isso pra que a gente não se auto engane achando que podemos comprar a aprovação de Deus.

3. Ser conhecido de Deus tem a ver com a mudança de natureza. Ou seja, é um prêmio pela conversão da alma.

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (v.21). Nesse sentido muitas igrejas têm sido falhas e precisam se arrepender. Pastores com intuito de tornar sua igreja vista pelo que faz adotam o caminho da facilidade cristã para seu rebanho. Isso é serio, pois nesse caso, o evangelho puro e simples não é pregado. Mas o ser conhecido por Deus passa obrigatoriamente pela salvação dos pecados; isto é, conversão. Se a questão é entrar no céu, qual o caminho que aqui se diz “vontade do Pai”? O Jesus que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia... Não é dizer que é cristão e se tornará um. Aleluia! Bem-vindo ao céu! No dia em que Jesus voltar somente uma coisa importará: Se nossa natureza mudou ou não, se nos convertemos ou não.

Conclusão

Portanto, é de uma mudança interior de que o evangelho trata. É da alma. É da mudança de vida. Deus não está preocupado com o que você faz porque se você for alcançado pelo evangelho, se ele entrar em você e sua vida for mudada por meio dele, os resultados será visíveis. Não um resultado fabricado. Mas uma pratica natural produto da sua essência. Quem é uma árvore que está em Deus e Deus nele, produz frutos dignos da vontade de Deus. Lucas 3.8 diz: “Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão”. Não adianta dizer "eu sou crente" se não houve uma experiência com o evangelho.

[Mensagem pregada no último domingo]


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FÉ QUE PENSA OU RAZÃO QUE CRÊ?


Certa vez me questionaram preocupadamente sobre o fato de ter ingressado na faculdade de filosofia, se não abandonaria ou esfriaria na fé. Disse minha interlocutora: “Tenho uma amiga que começou a estudar filosofia e abandonou a igreja”. Respondi que não. A filosofia não apenas não me esfria na fé, mas dá sua contribuição no seu fortalecimento, pois ela ajuda a entender a fé. A filosofia jamais foi nem pretendeu ser contraditório à fé. Por outro lado, quem disse que fé e igreja são sinônimos?
Deus jamais incentivou à ignorância. Uma fé ignorante é absurda. Claro, a fé tem sua importância vital e seus méritos conforme diz Hebreus 11.6: “Mas o justo viverá pela fé”. Mas a razão é nobre conforme Atos 17.11: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo”. Deus nos incentiva a “amá-lo com todo entendimento...”, Mateus 22.37. Obviamente crer em Deus é uma questão de fé e tão somente. Porém, a prática da fé tem que ser racional.
Entretanto, uma fé irracional tem levado muitos ao abismo do fanatismo. E não é difícil encontrar fanáticos. Eles estão em todos os lugares. Aceitam doutrinas apregoadas em nome de Deus, mas que se opõe ao que Ele diz. Eles se aperfeiçoam na arte de ver as coisas invisíveis de Deus e estão cegos para as visíveis. Acham-se iluminados. São profetas escatológicos. Alguns inclusive marcam data para a volta de Jesus. São apaixonados pelo zelo religioso colocando-o acima de qualquer pessoa ou coisa. Eles não pensam. Somente sentem. O culto passa apenas pela emoção, nunca pela razão. São capazes de lançar seus corpos para serem queimados sem pensar nas razões ou consequências. Eles não podem amar a Deus. Eles amam a religião e a guerra. A religião fanática é facciosa, Deus não é. Eles não suportam o ensino bíblico consistente, pois lhe são loucura. Muitas vezes a Bíblia confronta seus interesses e práticas.
Mas por que chegamos a essas questões como se a fé é divina e o pensamento diabólico? A verdade é que não somos estimulados à reflexão. Nunca fomos. Isso é cultural. As coisas tem que estar prontas. Por isso o conhecimento válido é o baseado apenas nas crenças, no que os outros dizem. Pior, se o outro gozar de prestígio para nós, o que nos diz é carregado de verdade. Mas se não, é negação da fé mesmo que seu discurso seja divino, a mais pura revelação das Escrituras Sagradas. Por isso até mesmo a Bíblia não é tão apreciada nos dias de hoje.
Logo, o que necessitamos? Da fé rompida com a razão? Da fé estúpida, ignorante, que aceita tudo desde que se fale em nome Deus? Estou plenamente convencido de que necessitamos nos converter não no sentido dos pecados. Mas afirmo uma conversão no sentido de fazermos uso da capacidade crítica-reflexiva dada por Deus. Fé e razão não são excludentes. Necessitamos crer é também pensar. Pensar ajuda a crer apropriadamente. Em outras palavras, necessitamos de uma FÉ QUE PENSA E UMA RAZÃO QUE CRÊ.

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DEPOIS DA PERPLEXIDADE O QUE FAZER PARA QUE O ANO SEJA DE VITÓRIA


2 Reis 4.1-7


            Estamos vivendo dias de perplexidade. Em todos os setores, os nossos dias são espantosos e admiráveis, ao mesmo tempo. Se por um lado vemos o avanço tecnológico, por outro a humanidade mostra-se incapaz de resolver o câncer. Vivemos era de economia globalizada, mas por outro lado não se resolve o problema da fome. É impressionante notar os recados que a natureza nos dá como respostas às agressões por ela sofridas, impostas pelo homem que polui e destrói o meio-ambiente. A crise econômica mundial colocou os países numa corda-bamba onde têm que tomar as medidas necessárias para que a recessão não tome conta sem, contudo, dar espaço a inflação. As coisas também não tem sido fáceis para as famílias. As pessoas têm que trabalhar cada vez mais para satisfazer as necessidades, para uns, e vaidades, para outros, colocando em risco os relacionamentos. Parece que os problemas se avolumam, crescem, e sobre eles pouco se pode fazer.
            No campo religioso também encontramos crise. Crise de identidade, crise de valores, crise de credo, crise de liderança, crise de espiritualidade, crise de ética, crise de relacionamento. Acredito que tudo isso tem a ver com a maior de todas as crises, que é a catalisadora de todas que citei e outras mais, é a crise de conhecimento. Não qualquer conhecimento. Não do conhecimento secular, mas do conhecimento de Deus. Em geral as pessoas não conhecem a Deus. A maior fome não tem sido a fome de comida, mas fome da Palavra. A maior sede não é a sede de água, mas a sede da Palavra.

            O texto bíblico fala de um momento de crise. Acredito que podemos inferir no texto além da necessidade de uma família, a necessidade da igreja de Cristo que pode ser satisfeita. Ao ouvir a queixa daquela mulher, Eliseu perguntou o que tinha em casa. Ele não perguntou o que ela perdeu com a crise. Ele não perguntou o que ela gostaria de ter. Nem perguntou o que tinha de sobra. Mas perguntou o que ela tinha. O que você tem, igreja? Ah, Senhor, queríamos tanto uma orquestra na igreja! Queríamos tanto ver os bancos lotados! Queríamos uma juventude dinâmica. Deus não está perguntando o que você gostaria de ter. Deus está perguntando o que você tem. Pois o que você terá dependerá de como você usa o que tem.
            A mulher disse que possuía apenas um vaso com azeite. Quero convidar você a pensar nessa mulher como sendo você. Cada um tem o seu próprio vaso: o coração. Quando abrimos o coração o Senhor derrama em nós do seu Espírito. Tudo o que a igreja precisa é do Espírito Santo de Deus. Sem o Espírito tornamo-nos um clube. Sem o Espírito nos esfriamos. Sem o Espírito não conhecemos de Deus. Sem o Espírito não há poder nem unção. Sem o Espírito não há a multiplicação. Sem o Espírito não há a glória de Deus. Por isso o que Deus está dizendo a sua igreja é: Deixa-me encher-te com o meu Espírito. Mas para que Deus encha o seu coração, o vaso, precisa estar vazio. Deus não enche corações cheios. Portanto, é preciso esvaziar-se da arrogância, da vaidade, do egoísmo, da auto-retidão, do autoconhecimento e etc...
            Mas olha que coisa interessante. A instrução de Eliseu diz que após recolher os vasos, deveria entrar em casa e fechar a porta. O que isso significa?

1. Significa que devemos nos separar do mundo (v.3-5)

            Para ver o enchimento do Espírito de Deus é preciso fechar a porta da casa para tudo o que não presta: para a bebida depois do culto, para o sexo ilícito, para a mentira, para a desonestidade, etc. Fechar a porta da boca para a língua maledicente, que difama, que fala da vida alheia. Entra com sua família dentro de casa e feche a porta para o mundo, pois dentro da sua casa você verá um grande milagre, o Espírito Santo de Deus sendo derramado no coração de cada filho, da esposa, do esposo.

            Não podemos viver vida dupla.

2. Significa que devemos cultivar a intimidade com Deus

            Você pode estar fechando a porta da sua casa para tudo o que não presta, mas se não buscar a intimidade com Deus, mesmo assim, não será cheio do Espírito Santo. Jesus disse no sermão do monte que era para fechar a porta da falta de tempo para Deus, não foi? Veja o que diz Mateus 6.6
           
            Não se pode esperar vitória sem Deus.

3. Significa que devemos buscar novos vasos (v.3, 6)

            O Espírito Santo será derramado na medida em que você trouxer novas pessoas para o reino do Senhor. Veja que quando cessaram os vasos, cessou também o azeite. Há pessoas que dizem assim: “ah, pastor, mas estou com tantos problemas...”, “ah, Senhor, o Senhor entende, está acontecendo isso, isso e aquilo”, “ah, Senhor,....”. Não se pode dar desculpas. Pra Deus não desculpas que justifiquem a inanição...
            Deus derrama vitórias sobra a igreja que marcha, que vai a luta, que trabalha, que vai ao encontro de novos vasos, ou seja, novos corações: “Venham todos, há algo de especial aqui!”. “Venham, Deus quer fazer algo em sua vida!”...

4. Significa que o enchimento do Espírito é a provisão para a igreja (v.7)

            A presença do Espírito Santo é a provisão de que necessitamos. Onde há o Espírito há prosperidade. Prosperidade na vida, na casa, na igreja.
           
Conclusão

            Se você quer viver em vitória precisa do Espírito Santo em sua vida.

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