Consciência e Fé. Tecnologia do Blogger.

"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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DE MARA À ELIM!

“...caminharam três dias no deserto e não acharam água. Afinal chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas: por isso chamou-se-lhe Mara. Então chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas.” 
Êxodo 15.22b, 23, 27.

O povo de Israel figura e prefigura o povo crente em todos os tempos. Sua vida adversa é reproduzida constantemente em nossa vida. Em alguns momentos da vida do povo, na sua travessia pelo deserto, algo de semelhante se repete em nossa peregrinação.
Muito andamos e nos afadigamos. Muitas vezes não encontramos “água”. Nada satisfaz nossa sede, muitas vezes. Outras, encontramos Mara (águas amargas). Decepções, desapontamentos, crises na família, nas amizades, no trabalho e até na igreja. Porém, com paciência e fé Mara se transforma em Elim (lugar do Oásis). Do mal sairá o bem. Da provação a que todos estamos sujeitos, a bênção. O Senhor modifica as situações das mais desagradáveis.
Eu decidi enxergar além das adversidades, pois com o nosso Deus tudo se transforma. Quem vence Mara, momento ou lugar difícil, chega a Elim, momento ou lugar das fontes e das palmeiras. A minha esperança é chegar logo a Elim com toda sua proposta de fontes deliciosas, saudáveis e abundantes em Cristo Jesus.
Que assim seja 2014 na sua vida!


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A ARROGÂNCIA RELIGIOSA

           
 Sinto-me triste quando observo pessoas, líderes religiosos, usando sua religião (igreja) para manipular pessoas. Muitos se escondem por trás da prática religiosa. Através de uma vida “piedosa” escondem seu mau caráter e suas atitudes pecaminosas. Pessoas assim procuram sempre lançar culpa sobre os outros, exercendo julgamentos. Mas através disso podem estar escondendo uma vida de pecados ou caráter arrogante.
            Qual a diferença e a semelhança entre o salvo e o não-salvo? A semelhança é que todos são pecadores, a diferença é que o salvo é pecador convertido. E se nos convertemos os outros poderão se converter também. Portanto, precisamos amá-los, falar-lhes acerca de Jesus, e não julgá-los achando-nos melhores e senhores da verdade. Quando fomos alcançados, o fomos para sermos servos das pessoas.
            No que diz respeito à arrogância religiosa devemos substituí-la por duas atitudes, pelo menos:

a) Pela humildade
            Isto inclui a rejeição da autopromoção que é sinal de arrogância. Ou seja, um arrogante faz marketing de si mesmo, é altivo e desdenhoso. Já vi muitas pessoas achando-se melhores ou superiores às outras por possuir um dom espiritual que para ela é o melhor. Deus fala a nós, sabemos disso. Mas quando vejo tantas pessoas dizendo que estão fazendo isso ou aquilo porque Deus falou que fizessem, fico preocupado. Pois, até onde estamos realmente ouvindo a voz de Deus se psicologicamente podemos criar vozes e atribuí-las a Deus. Ou até mesmo certos de que é a voz de Deus, até onde comentamos que ouvimos sem que estejamos interessados, inconscientemente, em nos promover. E há um outro fator, será que quando dizemos que Deus falou é para não sermos questionados? Afinal, quem vai discutir com o que Deus falou? Em outras palavras, há pessoas que sempre ouvem Deus falando, mas desconhecem a vontade de Deus. Não estou dizendo que Deus não fala ou que sempre nos enganamos. O que estou querendo dizer é que mesmo que ouçamos a voz de Deus não podemos nos distanciar das pessoas, nem tampouco tratá-las com arrogância. Pra mim não faz sentido algum ouvir Deus e estar surdo para as necessidades das pessoas. Meu coração tem enchido com muita preocupação relacionada a essas coisas.
            A humildade é princípio básico da vida cristã. Sobre ela Jesus ensinou nas bem-aventuranças (Mateus 5.3-9). Será que as pessoas nos veem como crentes humildes? Será que o nosso relacionamento com as pessoas é marcado por estarmos certos o tempo todo porque Deus está falando conosco e não com elas? Cuidado com a arrogância religiosa, substitua-a pela humildade para aproximarem-se cada vez mais das pessoas.

b) Linguagem mais acessível
            Uma outra maneira de erguermos a barreira da arrogância religiosa são os termos espiritualizantes que adotamos. Por exemplo: “Deus quer lavá-lo e remi-lo com o sangue do cordeiro”, o que a pessoa que ouve isso vai pensar? Quando usamos termos como “Você precisa nascer de novo”, poderíamos usar “Você quer ter um relacionamento com Jesus?”. Quando estava preparando o estudo pensava: outro termo é a palavra pecado; pecado hoje é subjetivo, até dentro das igrejas. Então deveríamos dizer “falha moral”. Quando usamos termos e clichês que as pessoas não entendem, elas não gostam. A nossa linguagem muito diz daquilo que pensamos ou somos. A nossa linguagem precisa se aproximar da linguagem das pessoas. Utilizar termos que elas possam entender e compreender. Deixe o “evangeliquês”, fale claro.
            A barreira da arrogância religiosa tem afastado muitas pessoas de nós. Isso não é bom! Que destruamos tal barreira para que sejamos acessíveis às pessoas e as pessoas a nós. Somente assim conhecerão o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo.

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DISCURSO DE ROOSEVELT

“Não é o crítico que conta: nem o homem que mostra onde o valente tropeçou ou quem faz a obra poderia ter feito melhor. O crédito pertence ao homem que está realmente na refrega; cujo rosto fica manchado de pó, suor e sangue; que luta bravamente; que erra e não corresponde ao esperado vez após vez, porque não existe esforço sem erro; que tenta realizar a obra; que conhece o grande entusiasmo, a grande devoção, e se entrega a uma causa digna; quem, na pior das hipóteses, mesmo que falhe, terá falhado enquanto dava tudo de si.
               
Muito melhor é ousar grandes coisas, obter triunfos gloriosos embora tingidos de fracasso, do que se enfileirar com aqueles pobres de ânimo que nem desfrutam nem sofrem muito porque vivem no crepúsculo cinzento que desconhece vitória ou derrota”.


[discurso de Roosevelt, em 1899]

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FÉ QUE PENSA OU RAZÃO QUE CRÊ?

Nesse novo momento do "Consciência e Fé" republico este artigo que tem tudo a ver com nossa proposta.
Certa vez me questionaram preocupadamente sobre o fato de ter ingressado na faculdade de filosofia, se não abandonaria ou esfriaria na fé. Disse minha interlocutora: “Tenho uma amiga que começou a estudar filosofia e abandonou a igreja”. Respondi que não. A filosofia não apenas não me esfria na fé, mas dá sua contribuição no seu fortalecimento, pois ela ajuda a entender a fé. A filosofia jamais foi nem pretendeu ser contraditória à fé. Por outro lado, quem disse que fé e igreja são sinônimos?
Deus jamais incentivou à ignorância. Uma fé ignorante é absurda. Claro, a fé tem sua importância vital e seus méritos conforme diz Hebreus 11.6: “Mas o justo viverá pela fé”. Mas a razão é nobre conforme Atos 17.11: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo”. Deus nos incentiva a “amá-lo com todo entendimento...”, Mateus 22.37. Obviamente crer em Deus é uma questão de fé e tão somente. Porém, a prática da fé tem que ser racional.
Entretanto, uma fé irracional tem levado muitos ao abismo do fanatismo. E não é difícil encontrar fanáticos. Eles estão em todos os lugares. Aceitam doutrinas apregoadas em nome de Deus, mas que se opõe ao que Ele diz. Eles se aperfeiçoam na arte de ver as coisas invisíveis de Deus e estão cegos para as visíveis. Acham-se iluminados. São profetas escatológicos. Alguns inclusive marcam data para a volta de Jesus. São apaixonados pelo zelo religioso colocando-o acima de qualquer pessoa ou coisa. Eles não pensam. Somente sentem. O culto passa apenas pela emoção, nunca pela razão. São capazes de lançar seus corpos para serem queimados sem pensar nas razões ou consequências. Eles não podem amar a Deus. Eles amam a religião e a guerra. A religião fanática é facciosa, Deus não é. Eles não suportam o ensino bíblico consistente, pois lhe são loucura. Muitas vezes a Bíblia confronta seus interesses e práticas.
Mas por que chegamos a essas questões como se a fé é divina e o pensamento diabólico? A verdade é que não somos estimulados à reflexão. Nunca fomos. Isso é cultural. As coisas tem que estar prontas. Por isso o conhecimento válido é o baseado apenas nas crenças, no que os outros dizem. Pior, se o outro gozar de prestígio para nós, o que nos diz é carregado de verdade. Mas se não, é negação da fé mesmo que seu discurso seja divino, a mais pura revelação das Escrituras Sagradas. Por isso até mesmo a Bíblia não é tão apreciada nos dias de hoje.

Logo, o que necessitamos? Da fé rompida com a razão? Da fé estúpida, ignorante, que aceita tudo desde que se fale em nome Deus? Estou plenamente convencido de que necessitamos nos converter não no sentido primário em relação ao pecado. Mas afirmo uma conversão no sentido de fazermos uso da capacidade crítica-reflexiva dada por Deus. Fé e razão não são excludentes. Necessitamos crer e também pensar. Pensar ajuda a crer apropriadamente. Em outras palavras, necessitamos de uma FÉ QUE PENSA E UMA RAZÃO QUE CRÊ.

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O NATAL QUE TRANSFORMA OS PEQUENOS EM GRANDES E OS GRANDES EM PEQUENOS

Mateus 2.6


            Na época do nascimento de Jesus existiam três civilizações extremamente importantes: Jerusalém que era a capital religiosa e se especializou no conhecimento das Escrituras; Roma, capital política que avançou muito na organização militar e jurídica; e Atenas, na Grécia, berço da civilização moderna cujas descobertas são notáveis e influenciam até hoje, por exemplo: a Matemática de Tales de Mileto; a geometria de Euclides e Pitágoras (o quadrado da hipotenusa de qualquer triângulo retângulo é igual à soma dos quadrados dos catetos); a física de Arquimedes; a biologia de Anaximandro; a medicina de Empédocles que descobriu que o sangue sai do coração e volta a ele, e que os poros da pele auxiliam no trabalho de trocas respiratórias, foram eles que descobriram o sistema nervoso, desenvolveram a cirurgia e muitas outras realizações científicas; além disso, tem a cultura, a arte e a língua.

            Em contrapartida está Belém que era considerada a menor dentre as principais cidades: Jerusalém, Roma e Atenas. Mas por que era considerada a menor? Era considerada menor não porque era pequena em tamanho e população somente, mas porque não tinha do que se orgulhar, não possuía as realizações das grandes cidades, era pobre, abandonada, fazia parte do distrito de Efrata. Mas como Deus anda na contramão do pensamento humano, atribuiu a Belém a importância que ninguém dava. Este verso é de alguma forma uma exaltação à cidade de Belém quando diz: “Mas tu, Belém, da terra de Judá, de forma alguma és a menor entre as principais cidades de Judá...”, a razão é simples: “... pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo”.  A importância de Belém, portanto, está no fato de que esta cidade foi o berço de Jesus.

            Mas, por que Jesus nasceu em Belém se havia tantos lugares importantes na época, que poderiam ser o berço do seu nascimento?

a)      Por uma questão de promessa – Deus havia restaurado a promessa a Israel por Davi que da descendência dele viria o Messias. Belém era a cidade natal de Davi, logo Jesus nasceria lá.

b)      Por uma questão de humildadeJesus não nasceria numa cidade autosuficiente, orgulhosa de si mesma.

           
            Neste caso, se pensarmos em indivíduos, o que os faz ser importantes? Quais os pressupostos que nos fazem avaliar se uma pessoa é importante ou não? A sociedade diz que pelos bens que possui, ou pela posição de autoridade. A importância está ligada ao mérito, prestígio, influência. Por isso muitas pessoas estão envoltas por preconceitos, discriminações, valorização de uns depreciando outros. E esta história é muito mais que a história de uma cidade, é a história de pessoas rejeitadas, discriminadas, postas de lado.
            Quero que você pense no natal de uma forma diferente: O natal representa a importância que você tem. Pois você tem importância pra Jesus; é por isso que ele nasceu. E aquilo que as pessoas pensam de você não significa necessariamente que você o seja. O mais importante é o que ele pensa de você: um ser muito especial, que foi capaz de ser objeto do seu amor incondicional, fazendo com que ele nascesse para mudar a sua vida.
            Não dê importância ao que não tem importância. O próprio Jesus teve uma experiência assim. Quando as pessoas pediram a sua morte, ele disse: “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”. Em outras palavras, ele disse: Pai, eles não conseguem ver em mim o a importância que tenho. As pessoas o consideravam um falsário, um mentiroso, o falso Messias. Ou seja, as pessoas tiveram uma visão distorcida a seu respeito. As pessoas não davam importância a ele, mas ele sabia que era importante.
            Guarde uma coisa em seu coração: a forma com que você se vê será a forma com que os outros lhe verão. As pessoas podem dizer que você é ninguém por não ter estudo, por não ter um carro do ano, não ter uma boa casa. Ou então, você se sente inferiorizado por você mesmo achando que merece nada, talvez porque as pessoas não ligam pra você, ou porque seu marido lhe despreza, ou porque é o único da família que não estudou...

            Então, a grandeza do natal se baseia no fato de que nós somos importantes porque Jesus nos faz importantes. Ou seja, a importância da vida não está naquilo que construímos para nós, mas naquilo que Jesus constrói para nós. O valor de uma pessoa não está naquilo que possui, mas em Jesus. Ele é o único que pode lhe dar o real valor. Talvez qualquer pessoa não fosse capaz de dar a sua vida por você, mas Jesus deu. Ele abriu mão de toda a glória, riqueza por amor a mim e a você. Permita que o natal revele em seu coração que o nascimento de Jesus é porque você é muito importante pra ele. Permita que ele nasça em sua vida. Ele precisa liderar sua vida, ser Senhor de seu coração, ser o pastor da sua alma. Receba-o em seu coração.


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NATAL: DO NASCIMENTO DE CRISTO AO QUEBRA-CABEÇA CULTURAL E RELIGIOSO - Parte 4

PAPAI NOEL OU SÃO NICOLAU?

Na busca das raízes históricas é que precisamos ir fundo no passado para sabermos como tudo começou. A base da figura do papai Noel é Nicholas ou Nicolau de Smyma (Izmir). Nicolau foi bispo de Mira (Turquia). Por ter herdado a riqueza de seus pais, e sendo tão generoso, tinha por prática distribuir presentes às crianças pobres, as escondidas, lançando-as pela chaminé. A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

A Igreja Ortodoxa Bizantina elevou Nicolau ao status de “milagreiro”. Em sua honra foi construída uma catedral na Rússia, hoje a mais antiga do país. A Igreja Católica Romana honrou Nicolau por ter ajudado as crianças e os pobres, tornando-o o santo das criança e navegantes. Seu dia é o 6 de dezembro. Mais tarde essa data fundiu-se com o Natal (25 de dezembro), passando a se adotar também no Natal a prática de se dar presente às escondidas, como fazia o “velho Noel”. Com isso, adotou-se uma prática mercantilista, onde impulsionado pela sua figura desenvolveu-se o dar presentes. Não seria, portanto, São Nicolau o santo também dos comerciantes?

O Natal como conhecemos hoje é uma criação Vitoriana, tendo uns 140 anos de tradição. É o feriado mais comemorado no mundo como a fundição de várias culturas religiosas e seculares. Não sou contra a comemoração do Natal, pelo contrário. Acredito que deve ser celebrado, sim. Contudo, precisamos discernir o que pertence e o que não pertence a essa data tão especial para nós cristãos. É verdade que Jesus não nasceu nessa data, mas ela é simbólica. Mesmo por que para nós Jesus não é um evento histórico, mas alguém que nasceu em nossos corações.

Assim sendo, devemos cuidar para que não substituamos a essência da data pelos elementos incorporados por aqueles que não entenderam a importância do nascimento de Jesus. No mais, não quero determinar aqui regras para a observação do Natal. Meu propósito foi o de apenas, resumidamente, levar a você a verdade que, talvez, esteja encoberta. Haja com a sua consciência e exerça a sua fé.

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NATAL: DO NASCIMENTO DE CRISTO AO QUEBRA-CABEÇA CULTURAL E RELIGIOSO - Parte 3

NATAL E SEUS SÍMBOLOS SECULARES

Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães. Esse que é dos símbolos mais apreciados do Natal, geralmente vem do pinheiro, é iluminada com pequenas e coloridas lâmpadas, munidas de um dispositivo que as faz acender e apagar intermitentemente. Geralmente, uma estrela brilhante coroa a árvore. Assim é a maneira como é comemorado hodiernamente.

Mas qual é a origem da árvore de Natal? Não se pode negar os fatos históricos no que tange a origem da árvore de Natal que teria surgido na antiga Babilônia. Vem de Ninrode, neto de Cão, filho de Noé. Ninrode se afastou de Deus. Segundo se sabe, Ninrode era tão perverso que se teria se casado com a própria mãe, cujo nome era Semíramis! Após a sua morte, sua mãe-esposa propagou a doutrina maligna da sobrevivência de Ninrode como um ente espiritual. Ela alegava que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida. E, todo ano, no dia de seu aniversário de nascimento ela alegava que Ninrode visitava a árvore “sempre viva” e deixava presentes nela. Entre os druidas, o carvalho era sagrado, entre os egípicios as palmeiras, em Roma era o Abeto, que era decorado com cerejas negras durante a Saturnália (Curiosidades dos costumes populares, pág. 242).

Outro fato histórico, os sacrifícios feitos na Escandinávia ao deus Thor, sempre ao pé de alguma árvore bem frondosa. A Enciclopédia Barsa diz textualmente:

“A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de S. Bonifácio (cerca de 800 d.C.). Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin (deus germânico, demônio das tempestades), adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino."

Os povos da Escandinávia (região que compreende a Suécia e a Noruega) outrora adoravam árvores. Quando se tornaram cristãos, fizeram das árvores de folhas duras (pinheiros, ciprestes, etc.) uma parte importante dos seus festivais cristãos. Neste caso, teria havido uma transposição de costumes pagãos às praticas cristãs.
Os romanos trocavam entre si ramos de árvores verdes como sinal de que desejavam boa sorte, nas calendas (primeiro dia) de janeiro. Os ingleses tomaram este costume emprestado para usá-lo durante as comemorações do Natal. Os alemães provavelmente foram os primeiros a enfeitarem as árvores de Natal. Eles decoravam as suas árvores com estrelas, anjos, brinquedos, castanhas douradas e bolas envolvidas em papéis brilhantes. Mais tarde eles acrescentaram lantejoulas e velas acesas. Esses costumes foram copiados por outros povos europeus com pequenas modificações, daí passaram para os Estados Unidos, e daí chegaram até o Brasil e todo o resto do mundo. Em outras palavras, não há nenhuma base genuinamente cristã para se ter introduzido a árvore ou o pinheiro de Natal nas comemorações do nascimento de Jesus. Pelo contrário, é costume emprestado das religiões pagãs da Europa Medieval e da Roma primitiva. Além disso, existe uma indicação bem clara de que já na época de Jeremias os pagãos costumavam cortar árvores, trazê-las para sua casa, enfeitá-las, e dessa forma exercerem uma espécie de culto pagão à natureza, mais especificamente à árvore (ver Jeremias 10:2-4).


Podemos então constatar que um dos símbolos mais característicos do Natal, da forma como é comemorado em nossos dias, é de origem pagã, e está umbilicalmente ligado com a idolatria. 

Continua...

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NATAL: DO NASCIMENTO DE CRISTO AO QUEBRA-CABEÇA CULTURAL E RELIGIOSO - Quando Jesus nasceu

Hoje, ressaltarei acerca da data do nascimento de Jesus. Entretanto, a data exata do nascimento de Jesus é inteiramente desconhecida, muito embora tudo indica, pela cronologia bíblica, que foi no começo do outono, provavelmente em setembro, aproximadamente seis meses depois da Páscoa.


Precisamos lembrar que a época do nascimento de Jesus o mundo era dominado pela Roma pagã. Com a chegada de Constantino, como imperador, que no século IV fez “profissão publica de fé cristã” (a sinceridade desse ato é muito questionada), colocando o cristianismo ao mesmo nível do paganismo, o mundo romano passou a aceitar esse cristianismo popularizado pelo imperador. Foi então, que o Papa Julius I escolheu a data de 25 de dezembro. Neste dia os pagãos adoravam o sol, e como a influência do maniqueísmo pagão que identificava o filho de Deus como o Sol físico, proporcionou a esses pagãos do século IV, agora “convertidos” em massa ao “cristianismo” o pretexto necessário para chamar a festa de 25 de dezembro (dia do nascimento do deus-sol) de dia o nascimento do filho de Deus.

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NATAL: DO NASCIMENTO DE JESUS AO QUEBRA-CABEÇA CULTURAL E RELIGIOSO - Parte 1

Ao passear pelos centros comerciais ficamos deslumbrados com os efeitos produzidos pelas luzes, pinheiro enfeitado com caixas embrulhadas em papéis multicoloridos. Manjedoura com o boneco de uma criança, ao seu lado um casal. Próximos deles alguns bonecos de homens trajados rudemente. Casa enfeitada por pequenas lâmpadas, trenó puxado por renas, homem vestido de vermelho, com longas barbas brancas, um gorro vermelho na cabeça, um saco vermelho nas costas. O quadro, ainda que confuso, traz-nos à consciência o fato de que estamos às vésperas do Natal.

A cada ano que se passa as representações se tornam mais confusas, a ponto de o significado do Natal estar cada vez mais sendo esquecido em detrimento dos novos personagens que compõem esta nova história: Papai Noel, Mamãe Noel, luzes, enfeites, presentes, comércio, banquetes. O fato que mudou a história da humanidade aconteceu na periferia de uma pequena vila, e os personagens mais próximos eram pastores de ovelhas, e alguns misteriosos reis do oriente. Nada de luzes! Nada de enfeites! Havia presentes, sim! O mais importante dos presentes, aliás, o único que o aniversariante continua esperando dos seres humanos: o LOUVOR!

O nascimento de Jesus Cristo é anunciado aos pastores em meio à música entoada por um coro angelical (Lucas 2.10-14). Particularmente, cremos que os anjos cantam para ensinar aos pastores que Jesus, o Cristo, é o Deus que merece toda honra e todo Louvor. Os pastores aprenderam bem a lição. Não somente os pastores louvam a Jesus, como também os três reis magos do oriente, que o fazem presenteando-o com ouro, incenso e mirra (Mateus 2.11), respectivamente, símbolos da realeza de Jesus (Apocalipse 17.14), do sacerdócio de Jesus (Lucas 1.9; Hebreus 10.10-13), e da sua morte (João 19.39).

Então descobrimos o verdadeiro sentido do natal: Jesus nasceu! Seu nascimento é motivo de louvor, porque ele é o sacerdote que representa e intercede por todos os seres humanos da face da terra, em todas as eras, em todos os lugares, em todo o tempo, oferecendo-lhes gratuitamente o perdão dos pecados e a vida eterna. Jesus merece todo louvor, porque é Rei. Não um rei cujo trono se estende no mundo pelo poder da espada e da opressão! Não! Jesus é o Rei, cujo Reino está dentro dos corações dos que confessam sua majestade e dão crédito às suas palavras de vida, poder, graça e amor (Mateus 17.21). Contudo, Jesus também recebeu de presente a mirra, perfume utilizado nos rituais pós-morte. No nascimento de Jesus, prenuncia-se a sua morte! O sacerdote é ao mesmo tempo o próprio sacrifício; e no seu sacrifício, o Rei estende seu Reino Eterno sobre todas as culturas, línguas e nações (Apocalipse 5.9).


Mas neste artigo veremos como se mistura, como peças de quebra-cabeças, o fato histórico acerca do nascimento de Jesus com as culturas e a religiosidade. No fim chegaremos às conclusões necessárias para que não permitamos que o paganismo entre ou permaneça em nossas famílias para que mantenhamos o verdadeiro sentido do nascimento de Jesus.

Continua na próxima edição

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ADORAÇÃO COMO EVIDÊNCIA DA EXPERIÊNCIA COM DEUS

João 4.1-24

O encontro de Jesus com a mulher samaritana revelou algumas realidades. Todas as vezes que a incontestável presença de Jesus acontece em nós de forma clara, as mesmas revelações acontecem e as mesmas realidades são afirmadas. No entanto, todas as vezes que alguém em sinal de fé se volta à Jesus para adorá-lo tem que fazê-lo com o coração em estado de fé. Neste caso, a pergunta lógica que surge é: Se me pretendo como adorador e se Jesus está comigo, como esteve com a mulher do texto, será que essa presença de Jesus aqui, de alguma forma, não traz algumas revelações fortes pra mim e pra você? O que essa presença de Jesus aqui, hoje, revela? O que essa presença de Jesus entre nós, aqui hoje, nos faz perceber e discernir? Como disse, a presença de Jesus junto da mulher revelou uma série de coisas que continuam sendo reveladas sempre que pretendemos ser adoradores. Vejam! Primeiro, a adoração nunca está afastada da vida do adorador. Adoração é a maneira como se vive. Por isso, Jesus aponta para a cura do indivíduo antes mesmo de ser um adorador. Quando isso não acontece nos limitamos à música como se ela fosse capaz de indiscutivelmente trazer a realidade da presença de Deus. Jesus revela motivações em nós que nos põe em estado de adoração, seja ela verdadeira ou não. Quando a gente adora nem sempre a motivação é boa. Alguns adoram por motivações ruins, mas todos têm algum tipo de motivação.
Encontramos no texto Jesus ensinando que nos tornamos adoradores na medida que nosso encontro com Ele gera algumas coisas. Primeiro é a...

  1. Cura da alma
A mulher está enferma na alma. Suas experiências terrenas a tornaram doente e complexada... Mas a cura da alma doente e pecadora aconteceu quando Jesus interviu. Isso permitiu que ela visse Jesus como Messias: “Vejo que é profeta...” (v.19).

  1. Libertação do mecanicismo religioso: há pessoas que querem adorar orientados pela tradição
a)      O local e o tempo não são os mais importantes (Jo 4.20-21) – A mulher argumentou que o lugar era o monte Gerizim (local onde os samaritanos adoravam e faziam sacrifícios).
b)      A importância está em conhecer aquele que é adorado (Jo 4.22).
c)       Jesus rejeitou a religiosidade que preserva a tradição. Porque a verdadeira adoração é pelo conhecimento que temos de Jesus, ou seja, a experiência com ele.

Qualquer igreja sofre por causa das tradições. As tradições dizem que temos de estar mais presos ao passado que ao presente. Embora não houvesse a preocupação de se desenvolver tradições, todas igrejas as desenvolvem. Por exemplo, os iniciadores do movimento batista não estiveram interessados em criar tradições, mas conduzir a igreja conforme as Escrituras no que diz respeito à mensagem e conforme a época no tocante à forma.
            Todas as tradições começaram com inovações. As inovações surgiram para auxiliarem as pessoas a desenvolver um culto melhor a Deus. Com o passar do tempo as pessoas fizeram das inovações um mandamento de Deus. Logo, ficaram cristalizadas e engessadas, sendo praticadas mesmo sem o sentido original e quando não havia mais alguém que as entendessem. É como a história O gato do guru. Todas as noites, quando o guru se sentava para o culto ao seu deus, o gato do Ashram (comunidade onde o guru vive com seus discípulos) costumava caminhar pelo salão e assim distraía os adoradores. Por isso, o guru pediu que durante o culto da noite o gato fosse amarrado do lado de fora, em frente à porta. Após a morte do guru, o gato continuou a ser amarrado em frente à porta durante o culto da noite. E, quando o gato finalmente morreu, outro gato foi levado ao Ashram para que fosse amarrado, de acordo com as regras apropriadas, durante o culto da noite. Séculos mais tarde, os seguidores do guru escreveram longas e detalhadas teses sobre o papel importante de um gato naquele culto. Todo aquele que não se curvava diante do gato na entrada já era considerado pecador. E se alguém ousasse questionar a importância do gato para a correta adoração era queimado como herege.
A tradição pode ser um instrumento muito útil. Mas o cristão não tem que se curvar a ela. Como surgiu a nossa tradição? Que sentido traz? Ela tem este sentido hoje? A avaliação da tradição não é se ela é antiga e digna de reverência, mas se ainda cumpre o sentido original. E se existe algum gato que já não estimula as pessoas na adoração e até as impede. Será que não está na hora de soltarmos o gato?
Hoje em dia as pessoas procuram adoração num pacote fechado e preparado. Você já diz: - Não preciso preparar nem meu coração! Eu sei que serei abençoado. O grupo de louvor dirigirá um louvor gostoso. Como gosto daquele cantor gospel... Eu nem preciso me preocupar. A bênção já está no pacote! Mas não é isso que a Palavra de Deus ensina.
No texto encontramos pistas que mostram que quando praticamos uma adoração como evidência da experiência com Deus, essa adoração nos traz também alguns benefícios:

  1. A possibilidade de mostrar a dor e obter cura
É o momento de dizer: Jesus, está doendo porque Jesus está presente.

  1. Renovação das forças do ser
            Quando abrimos nossa alma pra Deus em louvor nosso ser se renova. Não há nada que renove mais o seu ser que o louvor. Gente grande não louva a Deus. Gente metida a madura não louva a Deus. Só louva a Deus quem mantém coração de menino, criancinha, sapeca... Que coisa! Essa criança cresce e desaprende a louvar a Deus! Só louva a Deus se tiver alma de criança. É gente simples, descomplicada que oferece a Deus perfeito louvor! Salmo 8.2: (...) diz que suscitaste força. Jesus disse suscitaste louvor. No vocabulário de Jesus força e louvor são sinônimos. A alegria no Senhor é a nossa força.

Conclusão
            Hoje quero estimular você a fazer da sua vida um lugar de adoração. Se Jesus está em você, você é o lugar da cura. Se Jesus está em você, você é o lugar do louvor. Que tal a gente fazer da adoração um momento de cura e de louvor?

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POR QUE NÃO QUERER A JESUS - Parte 2

João 6.66-69

            Se por um lado há pessoas que não querem Jesus por causa do imediatismo que torna o futuro coisa sem importância, por outro é...

A dificuldade em lidar com a tensão entre o natural e o sobrenatural

            Há uma dificuldade enorme para se crer em Deus se ele agir somente naturalmente e não sobrenaturalmente. É o caso da multiplicação dos pães e peixes.
            Quando Jesus foi levado ao deserto para ser tentado pelo Diabo, toda a tentação consistiu em fazer Jesus demonstrar poder, fazer um milagre: “Transforme as pedras em pães”; “joga-te daqui abaixo”. Jesus, porém, negou que tudo é questão de sobrenatural.
            Esses foram os motivos que levaram as pessoas a não querer ou abandonar Jesus: para elas o futuro não tinha importância ou só queriam usar Jesus e seu poder sobrenatural. No entanto, encontramos nos discípulos de Jesus dois motivos para você fazer hoje sua decisão por Jesus. Primeiro motivo:

1. Não há substitutos para Jesus
“Senhor, para quem iremos nós?”

            Aqui está uma resposta negativa à pergunta de Jesus: “Vocês também não querem ir?”. Com a resposta Pedro afirma que não há outra alternativa, e mesmo que houvesse ficaria com Jesus. Talvez se Pedro vivesse em nossos dias, perguntaria: “Onde estão todos aqueles grandes homens da história humana?”. Queridos, a religião, boas obras, um bom caráter, preces, orações, filosofias, meditações, dinheiro, etc; tudo isso pode até melhorar a vida de uma pessoa na terra, mas nenhuma delas substitui a Jesus, pois Jesus é o único capaz de restaurar a alma cansada, animar o abatido, dar paz ao angustiado, trazer esperança aos sem esperança; enfim, dar certeza de vida eterna no céu.

            Segundo motivo para você fazer hoje sua decisão por Jesus:

2. Somente a fé em Jesus produz salvação
“Nós cremos e sabemos...”

            Ou seja, a expressão “cremos” subentende que as palavras de vida eterna ensinadas por Jesus é o lugar de fé onde se deve permanecer. Sabemos dá ideia de reconhecer a verdade e nos mantermos nela. Em outras palavras, o que os discípulos estavam dizendo através de Pedro é que a atitude deles seria diferente das outras pessoas porque a fé daquelas pessoas não estava em Jesus, mas no milagre. Portanto, os discípulos queriam Jesus não pelo que fazia, mas pelo que ele era. Para a multidão Jesus era apenas um “padeiro” celestial, “vocês querem comida, toma o pão”. A minha preocupação é a de que você queira apenas o pão que Jesus pode dar e o esteja rejeitando.

Conclusão

            A vida é tudo para nós. É maravilhoso viver. Melhor ainda é a certeza de que viveremos na eternidade com Deus. O Deus do céu. Todavia, a vida eterna não é concedida àqueles que abandonam Jesus ou não se interessam por ele. Àqueles que se interessam, apenas, pelos milagres, pela manifestação de poder. Aqueles que olham para Jesus como o resolvedor de problemas. Entretanto, a vida eterna é concedida aos que se entregam de corpo e alma a Jesus em atitude de fé. As circunstâncias da vida são reais: males, problemas físicos, falta de alimento ou dinheiro, conturbações diversas. Mas tudo isso é passageiro. Jesus tem poder para fazer qualquer coisa, mas essas dificuldades que você enfrenta passarão um dia. Jesus morreu, na verdade, não para resolver seus problemas terrenos, mas para resolver seus problemas relativos à eternidade. Sem Jesus você pode ter até uma vida boa, mas irá para o inferno. Com Jesus a sua vida poderá ter muitas dificuldades, mas você irá para o céu. Os problemas outras pessoas podem resolver, nós podemos resolver, o dinheiro pode resolver, mas no que tange a vida eterna somente Jesus.

            Como ter a vida eterna, pastor? Abrindo seu coração para Jesus.

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POR QUE NÃO QUERER JESUS? - Parte I

João 6.66-69

            Todo o capítulo 6 de João narra o evento da multiplicação dos pães e peixes. Mas num dado momento, Jesus percebeu que eles o estavam procurando por interesse. E a partir daquele momento se negou a fazer o milagre da multiplicação. Mas os discípulos viram em Jesus algo muito mais importante do que simplesmente o poder para resolver seus problemas na vida. Absolutamente viram alguém que muito mais está preocupado em resolver a condição espiritual do homem para com Deus. É por isso que quero destacar os motivos que levam as pessoas a tomarem uma entre duas decisões diferentes. É a decisão da multidão e a decisão dos discípulos. E você, qual será a sua decisão? O que Jesus quer é que você diga: “Para quem irei? Só tu tens as palavras de vida eterna”. Entretanto, por que há pessoas que não querem Jesus?. Primeiro motivo:

1. O imediatismo que torna o futuro coisa sem importância

            Há uma questão aqui que está relacionada ao tempo. As multidões só acompanhavam Jesus porque suas necessidades imediatas eram supridas. Mas o interesse primário de Jesus não se relacionava com o presente, embora se interesse pelos problemas humanos, mas, sobretudo, o seu interesse é quanto ao futuro. Disse Pedro: “Tu tens as palavras de vida eterna”. O problema é que a humanidade em geral acha qualquer coisa que não se relaciona com o presente como absurda ou inadequada. Só que se nos esforçarmos, concluiremos que o futuro será vivido de acordo com as nossas escolhas no presente. Quantas pessoas dizem assim: “Ah, se pudesse voltar ao passado! Faria tudo diferente!”. Só que não podemos voltar ao passado para mudar o futuro. Em outras palavras, em determinadas circunstâncias, presente e futuro, pode-se dizer, são as mesmas coisas. Confundem-se.
Portanto, o que você vive hoje que é o resultado de escolhas erradas no passado? Ou o que está cultivando hoje que será colhido no futuro? Quando o discípulo Pedro pergunta: “Pra quem iremos? Só tu tens as palavras de vida eterna”, está querendo dizer que as necessidades temporais de uma forma ou de outra são supridas. Por exemplo, a necessidade de alimento. Você se alimentou hoje? Você está vestido? Mesmo que com alguma dificuldade as necessidades diárias de uma forma ou de outra sempre são supridas. Olhe para o seu histórico de vida. Por quantos problemas você e sua família já passaram? Sempre em algum momento os problemas são resolvidos, ou não são? Depois de algum tempo outros problemas surgem, mas no momento certo acabam sendo resolvidos também. A vida de todo mundo é assim. Problemas vêm, são resolvidos de uma maneira ou de outra. Em geral, é assim que acontece.
Agora, quanto a eternidade quem vai resolver na sua vida? A multidão do texto foi embora, trabalhou, lutou e resolveu suas demandas, mas Pedro entendeu: “Mas tu, Jesus, é o único que tens as palavras que dão a vida eterna”. Logo, pergunto a você, qual a garantia que você tem de que irá para o céu? Se você disser: porque sou uma boa pessoa, faço caridade, sou religioso, fui batizado, vou à igreja... a resposta estará sempre errada. Você não irá para o céu. Mas se disser: Só tu Jesus, tens as palavras de vida eterna, aí sim, será o reconhecimento correto. Somente recebendo a Jesus é que terá a garantia de no futuro, seja amanhã ou um dia distante, receberá o céu. Então, por que não receber hoje as palavras de Jesus? Essa decisão tem que ser tomada hoje, pois amanhã poderá ser tarde demais.
Que Deus o abençoe!



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JESUS, O MELHOR DE TODOS OS AMIGOS

João 11.1-44

Vivemos uma época onde as pessoas estão cada vez mais se distanciando. Por um lado aumenta o número de amigos virtuais e diminuem os amigos reais. Esse é o grande problema das redes sociais. As pessoas não se veem. Participam uma das outras, mas somente naquilo que é informado muito superficialmente. Não criam raízes. Muitos nem o rosto mostram. Isso nos coloca uma questão extremamente séria: Quem é amigo de verdade? Sobretudo, em uma época em que o conceito de amizade está em baixa. Como o conceito de amizade está em baixa estamos cada vez mais distantes de fazer amigos de verdade. As redes sociais, o facebook, por exemplo, nos permite ter centenas e até milhares de pessoas adicionadas, e que são chamadas de amigos. Mas quem é amigo de verdade? Com quem você caminha? Compartilha as questões do coração? Quem você de fato conhece e é conhecido por você? As redes sociais significam que temos o mundo diante de nós, mas estamos cada vez mais isolados uns dos outros. No entanto, temos uma inquestionável necessidade de amigos. Insisto propositalmente na pergunta: Quem é amigo de verdade?
O texto bíblico relata uma inegável relação de amizade envolvendo várias pessoas, e cada uma nos traz lições preciosíssimas. Por exemplo...

1.        Os irmãos Lázaro, Marta e Maria: amigos nos trazem alívio (v.5)
Amigos que sempre estiveram à disposição de Jesus. Sua casa estava sempre aberta. Estavam sempre prontos para dividir com Jesus as demandas do dia a dia.

2.        O discípulo Tomé: amigo junto em qualquer circunstância (v.16)
Jesus estava sob ameaça de morte, mas Tomé teve a iniciativa de ir com Jesus mesmo que isso significasse sua morte também. O amigo não deixa o outro mesmo em situações extremas e de grandes perigos.

Mas a maior lição encontramos em Jesus. Jesus é o único capaz de amar ao extremo. Então vejamos:

3.        Jesus: amor ao extremo
“Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou até lá para despertá-lo” (v.11). Em outras palavras: “Farei alguma coisa pelo nosso amigo”. As palavras de Jesus se referem ao que faria em relação a morte de um grande amigo, Lázaro, que já havia morrido há quatro dias. Quando Jesus chega ao local encontra gente que foi mais específica, dizendo: “...ele cheira mal”, “já está apodrecendo!”. Diante do discurso pessimista porque embora crendo que Jesus poderia fazer qualquer coisa, aquela não faria. Pelo menos era a mentalidade dos presentes. Imaginaram que se Jesus fosse fazer algo já teria feito. E se não fez não seria agora que faria uma vez que já havia se passado quatro dias e cheirava mal. Isso sem contar o tempo em que Lázaro ficou doente, e poderia ter sido curado, mas não foi. Então, diante desse quadro pessimista Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra viverá; e quem vive e crê em mim não morrerá eternamente” (vs.25-26).
Agora, o que Deus chama de morte? Pra Deus o indivíduo pode ser um ser que respira, porém morto. Por exemplo, Paulo diz de pessoas mortas em seus delitos e pecados. A alma pode estar existindo enquanto ser, o que, aliás, jamais deixará de existir, o corpo sim começa o processo de inexistência quando morre, mas a alma não, ela existe no corpo e continuará existindo mesmo que o corpo se acabe porque ela é eterna. Mas a qualidade da sua existência pode ser a morte. Morte porque está em estado de decadência existencial. Morte porque não foi levantada pela Palavra de Deus, pra experiência da comunhão com Deus que é o que Deus chama de vida.
Vida pra Deus não é existência porque o ser respira, anda pelas ruas, possui inteligência. Até porque a respiração, locomoção e inteligência se encontram nos cães vagantes pelas ruas. Mas vida pra Deus é potência, é qualificação pra existência. É o catapultar das energias que me põe pra cima. É uma relação profunda, uma ligação vital com o eterno. Isso faz com que eu deixe de ser apenas um mamífero psicológico e me torna um ser espiritual tomado pela alegria de vida eterna. É o que Jesus está dizendo aqui quando pergunta: “Crês tu nisto?”. O que Jesus fizera era inegável, mas alguns foram contar aos fariseus por uma razão muito simples. Milagres não salvam ninguém. Aquelas pessoas que viviam no encalço de Jesus procurando meio de prendê-lo viram muitos milagres, mas nem por isso seus corações se quebrantaram. Milagres, sobrenatural não sensibilizam, não convertem o coração de ninguém, não transformam para uma existência plena, não restauram a alma. É preciso o milagre de ressurreição interior pra levantar esse ser que mesmo vendo milagres tremendamente manifestos, como esse aqui descrito, continuam, todavia, sepultados na sua interioridade em delitos, em pecados, em descrença, em inimizade contra Deus.
O que eu tenho pra falar com você é que sei que há entre nós pessoas nesse estado de morte. Gente que dirige carro, faz compra, se diverte, viaja, conversa com as pessoas, gente que sonha, tem planos, gente que espera chegar em casa e ficar abraçadinho com a esposa ou esposo, gente que quer casar, que trabalha duro, que estuda. Enfim, seres psíquicos, inteligentes, mas do ponto-de-vista de Deus, mortos. Mortos em pecados ou mortos por falta de sentido na vida. São mortos porque não tem nenhuma vontade de Deus. A menor sede de Deus. O menor interesse por Deus. Não passam de bonecos feitos de carne e sangue. Mamíferos que andam por aí. Porque o que caracteriza a vida de Deus no homem não é o caráter psicológico ou a capacidade intelectual. O que caracteriza a vida de Deus em mim é ter dentro de mim o desejo por Deus. É a compreensão da essencialidade da presença de Deus em mim que me capacita pra eternidade, me ajuda a viver aqui, e não apenas existir. Porque existem pessoas assim que apenas existem. Suas mentes e corações precisam experimentar da ressurreição.
Por outro lado, há pessoas num estado de morte caracterizado por infelicidades profundas. Esses indivíduos nem percebem que se autoenganam quando tentam se lançar para a vida. Porque estão sepultados pelas tristezas intermináveis e enfaixados pelo engano. Falta-lhes a consciência que a restauração da vida acontece na medida em que o amigo Jesus diz: “Vem para fora!”. Mas há outros que abraçaram a desilusão. Outros em estado de depressão. Outros em pânico. Outros em sepulturas dos traumas. Tem gente que existe, mas carrega um vazio, um sepulcro na alma. É uma agonia profunda enquanto ser existente porque há uma existência que não se completa para a vida, não se realiza plenamente. Sempre está faltando alguma coisa. Eu digo a você o que falta, atender ao convite do amigo Jesus quando diz: “Vem para fora!”. Saia dessa sepultura de morte.

Conclusão
Quem quer Jesus como seu amigo?

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DECISÃO INTELIGENTE


 “Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado. Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto”.  
Salmos 16.8-9
Estamos a todo momento tomando decisões. Elas fazem parte da vida, e sem elas a vida fica estagnada. Algumas decisões são boas outras ruins. Algumas trazem consequências agradáveis, outras nem tanto. A decisão que tomamos determina o nosso destino. As coisas não acontecem porque tinham que acontecer. Tudo está relacionado às escolhas que fazemos. Na medida em que tomamos decisões erradas, o resultado será negativo. As decisões reverberam não só no presente, mas também no futuro. O que você tem vivido hoje que é o resultado de escolhas erradas no passado? O que atormenta você? Se o relacionamento com seu cônjuge não está bom é por causa das escolhas que foram feitas. Muitos dos problemas que você está enfrentando é por causa das decisões que tomara. Nada é por acaso. A sua escolha determina o que será de você e da sua família.
No processo de tomada de decisões primeiro vem a hesitação, depois a inconstância. A hesitação nos deixa no mesmo lugar, não provoca caminhada alguma. A inconstância obriga-nos a dar tantos passos para trás quantos os que foram dados para a frente, sucessivas vezes.   Vencidas a hesitação e a inconstância, o indivíduo resolve de uma vez por todas colocar Deus no devido lugar em sua vida. Então pode afirmar: “Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado”. Parafraseando o verso, podemos dizer: “Fiz do Senhor a minha companhia constante”. Quando chega a esse estágio, a segurança emocional alcança alturas antes desconhecidas e inimagináveis. Porque o Senhor está sempre diante de seus olhos, o salmista explica que jamais será abalado. O que se está querendo dizer é que a vida não pode ser construída nem resolvida se Deus não tiver lugar na sua vida.
Quando a decisão é a de permitir que a vida seja resolvida em torno de Deus, convidando-o a fazer parte da existência, algumas coisas acontecem: sai a tristeza e entra a alegria, sai o medo e entra a coragem, sai a depressão e entra a euforia, sai a dúvida e entra a certeza. As variações de ânimo diminuem. O ânimo não depende das condições favoráveis ou de pessoas variadas, mas tão somente da decisão de fazer com que Deus faça parte da vida. Com Deus suportamos os imprevistos, as dores, os sofrimentos.
Aquele que decide colocar Deus a sua frente, dia após dia, momento após momento, além de não ser facilmente abalado, experimenta uma alegria preciosa e constante. Essa foi a experiência do salmista: “Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado. Por isso o meu coração se alegra e no íntimo exulto”.  Trata-se de uma alegria profunda que nasce no mais íntimo do ser, na alma. Uma alegria interior e não facial. Ela é teimosa. Ninguém a tira. Deus não realiza algo que pode se perder ou alguém tirar.
Uma grande e famosa afirmação sobre isso foi dita por Habacuque, no capítulo 3, verso 18: “Ainda assim exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação”. Essa é a mais inteligente das decisões; ou seja, levar Deus para dentro da sua vida. Faça isso e verá o resultado.

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INTEGRIDADE COMO ESTILO DE VIDA



“Quem assim procede nunca será abalado”.
Salmos 15.5
Integridade significa, segundo o Dicionário Aurélio, “qualidade de íntegro, retidão, inocência, pureza”. Para ser íntegro é preciso fazer um grande sacrifício. Falar sempre a verdade, não usar a língua a serviço da difamação, não prejudicar aos outros, não dar ouvidos a quem não merece respeito, honrar os que temem a Deus, manter a palavra mesmo que isso traga prejuízo, não fazer bem aos outros visando lucros, não aceitar recompensa para fazer algo ilícito e etc. Para viver assim significa crucificar a natureza humana. Para viver assim é preciso nadar contra a correnteza. Para viver com integridade é preciso buscar a constante presença de Deus na vida. Esse estilo de vida é algo muito elevado e tão incomum que somos obrigados a permitir uma invasão do Espírito Santo de Deus em nosso ser, e não ser subjugados pela carne.
            É exatamente sobre isso que discorre o salmista no Salmo 15. Ou seja, o salmista descreve a pessoa qualificada para ser acolhida por Deus no sentido de cair no agrado de Deus. O homem íntegro, diz o salmo, é correto em ação, é correto em palavras, nas atitudes e etc. Entretanto, essas qualidades não são naturais ao homem; por isso, precisa da ajuda de Deus, pois só ele pode proporcionar esse estilo de vida. Mas se o viver íntegro é algo tão difícil, podemos nos perguntar: vale a pena o sacrifício de viver com integridade? Obtemos a resposta a partir da afirmação da última frase no final do Salmo: “Quem assim procede nunca será abalado”. O salmista quer saber quem será capaz de desfrutar da presença e companhia constantes de Deus. Então, descubro que é aquele que vive com integridade. Pois Deus não age em quem não vive uma vida íntegra. E, ainda, há essa belíssima promessa, de quem vive com integridade viverá sempre com firmeza, pois nunca será abalado. Andará sempre de cabeça erguida. Olhará os demais sempre nos olhos. Não será alvo de repreensão. Será digno de confiança.
            O chamado para viver com integridade é para todos nós. Há recompensa da parte de Deus quando vivemos assim. Colhemos frutos de uma vida íntegra. Integridade é a razão pela qual Deus tem prazer em nós. Mas as vezes há um preço a pagar. Viver com integridade parece muitas vezes nadar contra a correnteza. Muitas pessoas não ligam para um viver íntegro, e isso é uma pena! Alguns chegam a dizer, mas todo mundo age assim! Na verdade pode-se estar dizendo: todo mundo não é íntegro! Mas não importa como vivem os outros. O que importa é o nosso dever de viver com integridade. Portanto, seja íntegro nos seus negócios. Seja íntegro nos seus relacionamentos. Seja íntegro nas suas decisões e no cumprimento dos seus deveres, pois isso agrada a Deus.

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