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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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DIÁLOGOS: A FILOSOFIA PERGUNTA E A TEOLOGIA RESPONDE: EXISTE UM DEUS? - Parte 2

Muitos creem na existência de Deus; entretanto, para a filosofia a fé não é suficiente como prova da existência de Deus. Se ele existe é absolutamente necessário evidenciar sua existência como verdade. Para o cristão Deus possui atributos: onipresença, onisciência, onipotência, bondade, amor, misericórdia, é o criador do universo e da vida, e a lista é extensa. Deus é todo poderoso, e como tal, seu poder age no universo sustentando-o e efetuando ações sobrenaturais, chamadas de milagres. Mas para a filosofia é necessário demonstrar com fatos, pela razão. Se Deus existe, se é o todo poderoso, se tudo sabe, se é capaz de intervir sobre a matéria, por que há desordem? Por que criou um universo finito e defeituoso? Se para um religioso o espírito é imortal e predestinado a uma existência eterna, qual a prova dessa eternidade?
Há os que acreditam que o cristianismo usa a teologia para concorrer com a filosofia e responder satisfatoriamente suas indagações. Não creio assim! Na história encontramos filósofos ateus e filósofos cristãos. Entre os filósofos cristãos estão: Agostinho, Tomás de Aquino, Sören Kierkegaard, René Descartes, Blaise Pascal. Aliás, Pascal no fragmento 233 da coletânea Pensées, apresentou uma proposta conhecida como a aposta de Pascal. Ela pode ser resumida da seguinte forma: "Como alguém que escolhe ser cristão pode perder? Se, ao morrer, constatar que Deus não existe e sua fé foi em vão, não perdeu nada - pelo contrário, viveu uma vida com mais percepção de sentido e esperança do que um descrente. Se, no entanto, há um Deus e um céu e um inferno, então ganhou o céu, ao passo que um descrente perdeu tudo." Para ele convém acreditar em Deus. Não acreditar seria tolice. No seu linguajar, seria uma bela aposta acreditar em Deus.
Penso que filosofia e teologia podem ser complementares. Porém, não nos basearemos nas afirmações filosóficas acerca da existência de Deus, pois elas são complexas e possuem seus adversários. Nosso propósito não é estudar filosofia aqui. Apenas desejamos demonstrar a consistência teológica das afirmações acerca da existência de Deus e sobre as indagações que surgem à reboque.

Na próxima edição estaremos trabalhando mais detalhadamente tais questionamentos e apresentando soluções teológicas. Continue conosco!

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DIÁLOGOS: A FILOSOFIA PERGUNTA E A TEOLOGIA RESPONDE: EXISTE UM DEUS?


“O Insensato – Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: ‘Procuro Deus! Procuro Deus?!’ – E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? Perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? Disse um outro. Está se escondendo? Ele tem medo de nós? Embarcou num navio? Emigrou? – gritavam e riam uns para os outros. O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. ‘Para onde foi Deus?’, gritou ele, ‘já lhes direi! Nós o matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós, ao desatar a terra do seu sol? Para onde se move ela agora? Para onde nos movemos nós? Para trás, para os lados, para frente, em todas as direções? Existem ainda ‘em cima’ e ‘em baixo’? Não vagamos como que através de um ainda infinito? Não sentimos na pele o sopro do vácuo? Não se tornou ele ainda mais frio? Não anoitece eternamente? Não temos que acender lanternas de manhã? Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodreceram! Como nos consolar, a nós, assassinos entre os assassinos? O mais forte e o mais sagrado que o mundo até então possuíra sangrou inteiro sob os nossos punhais – quem nos limpará esse sangue? Com que água poderíamos nos lavar? Que ritos expiatórios, que jogos sagrados teremos de inventar? A grandeza desse ato não é demasiado grande para nós? Não deveríamos nós mesmos nos tornar deuses, para ao menos parecer digno dele? Nunca houve um ato maior – e quem vier depois de nós pertencerá, por causa deste ato, a uma história mais elevada que toda a história até então!’ Nesse momento silenciou o homem louco, e novamente olhou para seus ouvintes: também eles ficaram em silêncio, olhando espantados para ele. ‘Eu venho cedo demais’, disse então, ‘não é ainda meu tempo. Esse acontecimento enorme está a caminho, ainda anda: não chegou ainda aos ouvidos dos homens. O corisco e o trovão precisam de tempo, a luz das estrelas precisa de tempo, os atos, mesmo depois de feitos, precisam de tempo para serem vistos e ouvidos. Esse ato ainda lhes é mais distante que a mais longínqua constelação – e, no entanto, eles o cometeram!’ – conta-se também que no mesmo dia o homem louco irrompeu em várias igrejas, e em cada uma entoou o seu Requiem aeternam deo. Levado para fora e interrogado, limitava-se a responder: ‘O que são ainda essas igrejas, se não os mausoléus e túmulos de Deus’? (Nietzsche, Friedrich. A gaia ciência, aforismo 125).
“Deus está morto”, bradou Nietzsche criticando o cristianismo. Entretanto, quem produz tal crítica também se identifica como louco. A morte de Deus sepultaria a metafísica, pois acabaria com a ideia de arché (termo usado pelos pré-socráticos para designar a origem de todas as coisas). Neste caso, não haveria espaço para um Deus na história humana. Deus seria, portanto, vencido pela, e somente pela, razão.


Não é sobre Nietzsche que esse trabalho se propõe estudar. Além de ser um tema muito complexo, não é meu propósito aqui. Apenas faço uso desse trecho de um dos escritos de Nietzsche introdutoriamente ao tema da semana: “Existe um Deus?”. Veremos perifericamente algumas questões levantadas pela filosofia e como a teologia dá sua resposta. Todavia, é possível encontrar respostas filosóficas consoantes com a teologia. 


(Continua)

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A ARTE DE TOMAR DECISÕES

“e assim chegamos a Cades-Barneia”
Deuteronômio 1.19d

            Estamos a todo momento tomando decisões. Elas fazem parte da vida, e sem elas a vida fica estagnada. Algumas decisões são boas outras ruins. Algumas trazem consequências agradáveis, outras nem tanto. Entretanto, há pessoas que tem dificuldades de tomar decisões. Essa dificuldade se origina na infância. É importante os pais saberem que os filhos tem que aprender desde cedo a tomar pequenas decisões. Quando os pais deixam os filhos à vontade algumas dificuldades podem surgir. Por exemplo, quando os pais deixam os filhos à vontade para escolher a roupa que irá a uma festa, pode ser constrangedor. Mas os pais podem, por exemplo, dar aos filhos algumas opções e dentro dessas opções ele terá a liberdade de escolher. Isso gerará a segurança necessária para o bom desenvolvimento da personalidade e caráter. Uma pessoa insegura fica sempre sobre o muro podendo cair tanto para um lado quanto para o outro. No entanto, todos nós temos certas áreas na vida que é difícil tomar decisão.
            Cades-Barneia foi um lugar importante no período pelo Deuteronômio. Por derivação o nome significa “Lugar santo”, por localização geográfica pode ser chamado de encruzilhada. Foi de Cades-Barneia que os doze espias foram enviados para entrarem na Terra Prometida e observá-la antes da ocupação do povo de Deus. Dez dos doze espiões voltaram dizendo que era impossível continuar aquela empreitada por causa dos impedimentos insuperáveis. Mas insuperáveis pra quem? Declararam que havia gigantes na terra. Neste caso, toda a nação recuou de Cades-Barneia para morrer no deserto. Embora Josué e Calebe tenham afirmado que mesmo havendo gigantes na terra era possível vencê-los, pois Deus estava com eles, foram vencidos pela maioria. A decisão da maioria prevaleceu e todo aquela geração morreu sem conhecer a terra da promessa, menos Josué e Calebe por que acreditaram em Deus.
            Sabe querido, a decisão que tomamos determina o nosso destino. As coisas não acontecem porque tinham que acontecer. Tudo está relacionado às escolhas que fazemos. Se o relacionamento com seu cônjuge não está bom é por causa das escolhas que foram feitas. Muitos dos problemas que você está enfrentando é por causa das decisões que tomara, das escolhas feitas. Nada é por acaso. Mas também, você pode estar numa Cades-Barneia moderna. A sua decisão determinará o seu destino: deserto ou terra prometida. A sua escolha determinará o que será da sua família. O seu futuro depende de suas escolhas; portanto, não perca tempo nas encruzilhadas. Outras pessoas poderão ser influenciadas pela sua decisão.


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QUAL CAMINHO VOCÊ PREFERE?

"Não adianta ter habilidade de sobra e abusar da arrogância.
Agora, se você for humilde, vai ficar mais tempo no poder e será lembrado com saudade.”
                                  
                                                                                              Por Marcelo Aguilar
                                                   Você S/A -- 16.04.2003, edição 58

Aracne era uma jovem talentosa e inteligente, porém sua arrogância era tão grande quanto suas habilidades. Sua fama se espalhou e pessoas vinham de todas as partes para conhecer seu trabalho. Os muitos elogios aumentaram seu orgulho e fizeram com que ela desse ouvidos somente às pessoas que a elogiavam. Ela desprezava e desdenhava quem tentasse orientá-la, ou criticá-la.

Tanto sua fama quanto sua atitude percorreram o mundo até chegar ao monte Olimpo, local de residência da deusa Atena. A mesma deusa que havia ensinado aos seres humanos, e dado sua permissão para usar a habilidade, de como tecer roupas e tapeçarias. Atena era sábia e justa, mas também era severa. Ao saber da atitude daquela mortal, a deusa ficou muito irritada.

Atena ainda tentou ajudar Aracne alertando-a que os grandes dons dos seres humanos haviam sido dados pelos deuses. Argumentou que o uso de um grande dom exige responsabilidade e humildade, pois causam grandes estragos quando mal utilizados. Aracne era uma excelente técnica, mas sua presunção a impedia de ver e ouvir o que estava ocorrendo ao seu redor. Desdenhou a própria deusa.

-- Fio e teço melhor que Atena eu a desafio!

Ao ouvir isto, a deusa tirou seu disfarce e aceitou o desafio. Pobre Aracne, não conseguia ver que um mortal perde para os deuses do Olimpo, mesmo quando vence a disputa. Cada uma delas escolheu um tema para tecer uma peça. A tecelagem de Atena enaltecia o poder dos deuses. Também dava sinais sobre as consequências de atitudes humanas inadequadas, pois transformava belas moças, tagarelas, em pássaros estridentes.

Aracne estava tão concentrada em vencer a deusa que não percebia os avisos. Seu tema zombava dos deuses apontando suas falhas. A qualidade da obra era inegável, porém questionava as relações entre homens e deuses. Ela não se importava com o delicado equilíbrio, promovido pelos deuses, entre a harmonia e o caos.

Num rompante de fúria, Atena rasgou a tapeçaria em mil pedaços e feriu Aracne...  destituindo-a de suas habilidades transformando-a em uma aranha. Aracne podia continuar fazendo o que mais gostava, mas não provocaria, novamente, o desequilíbrio nas relações entre homens e deuses. 

Essa ilustração é só um mito grego, mas mesmo sendo só um mito, nos faz pensar em algumas coisas em nós como líderes. Aracne foi avisada que seu talento exigia responsabilidade e uma boa dose de humildade. Assim como ela, nós teceremos nosso futuro com nossas atitudes. Aracne teceu seu futuro com fios de talento e de arrogância. Alguns tecem seu futuro com fios de talento e ânsia de poder, muitas vezes, desrespeitando os outros.

Neste mundo, conturbado pelos interesses imediatos, vemos as pessoas faltando com a ética nas suas relações profissionais e pessoais. Não entenda errado. A ética não impede que você demonstre os seus talentos e busque ascender profissionalmente, ou financeiramente. Ela somente dá a forma aos seus atos. Sua ética é baseada no seu caráter e nos seus valores.

Os líderes éticos permanecem mais tempo no poder e são lembrados com saudade. Eles tecem seus futuros com os fios do talento e da humildade. Usam, também, os fios da perseverança, da justiça, da compaixão e outros bons fios. Já, os líderes com pouca, ou nenhuma ética, até alcançam o poder, porém, cada vez mais, estão nas primeiras páginas dos jornais por causa de escândalos.

Reveja seus valores, Escolha que tipo de líder você quer ser e, finalmente, teça seu próprio futuro com os fios que você escolher.


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CRISE DE AUTORIDADE NA IGREJA

     
           
O mundo ocidental está no término de uma longa batalha contra a autoridade. Agora, o melhor que nossa cultura consegue fazer pela autoridade moral é oferecer algumas noções vagas de padrões comunitários partilhados e determinados pela sociedade. Os que falam com ou sobre autoridade moral são considerados irremediavelmente “fora de moda”. Vivemos uma tremenda evasão cultural de autoridade.
            O ofício de pastor encolhe dentro das expectativas da congregação, formuladas por uma cultura que está profundamente comprometida com os valores do mundo. Na melhor das hipóteses, a Igreja, de modo geral, neste contexto cultural desvaloriza o trabalho e a autoridade dos pastores. Alguns membros das igrejas têm dificuldade em respeitar e ouvir os ministros de Deus. O triunfo do individualismo criou uma igreja cheia de pessoas que se recusam a aceitar que alguém lhes diga em que devem crer ou o que devem fazer. O consentimento dos governados, um sinal de democracia, tornou-se o senhor de muitas igrejas.

            Um jovem, entretanto, fez uma interessante e reveladora observação. Ele disse que desejava uma igreja em que os pastores apenas sugerissem o que deveria ser feito. Ele estava cansado de pregadores e professores que lhe diziam como comportar-se e no que devia crer. É um sinal dos tempos. A pós-modernidade deseja os “dez mandamentos” transformados em “dez sugestões”! 




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A RELEVÂNCIA DA IGREJA


Não existe um padrão de igreja. Uma forma para reprodução idêntica. Cada igreja possui suas peculiaridades. Cada igreja tem o seu lugar, a sua época. Nenhuma igreja é igual a outra, nem pode querer ser. É muito preocupante quando uma igreja vai em busca de métodos de crescimento, por exemplo, achando, ingenuamente, que aquilo que está dando certo em alguma igreja poderá dar na sua. Pura ilusão! É só olharmos para as nossas igrejas e veremos que elas são diferentes por que estão em lugares diferentes e são compostas por pessoas diferentes. Portanto, como pode uma igreja exercer um papel relevante? Vejamos:

  1. A relevância da igreja está na consideração de que Jesus Cristo é o Senhor da igreja. A pior coisa para uma igreja é quando ela tem donos. Pessoas que mandam e gostam de mandar. Muitas vezes querem mandar até no pastor. Infelizmente muitos se submetem a isso. A primeira coisa que precisamos aprender é que Cristo é o dono e, portanto, o Senhor da igreja. Não há outro.

  1. A relevância da igreja está no descobrimento da missão igreja em sua localidade. Precisamos da compreensão de que a igreja é um agente social, pois está inserida na sociedade. Uma igreja que não enxerga a sua comunidade, não é enxergada por ela.

  1. A relevância da igreja está no descobrimento do potencial de cada membro. Os dons espirituais de cada membro estão intimamente ligados à missão da igreja. Deus envia capacitações de acordo com o que ele quer que a igreja faça.

  1. A relevância da igreja está na consideração dos aspectos culturais e econômicos da comunidade onde está inserida. O papel da igreja numa região de classe média-alta, logicamente, não será igual a de uma comunidade carente. A forma de cultuar a Deus no Brasil é diferente do da África, do sul do Brasil é diferente do norte do Brasil, etc.

  1. A relevância da igreja está no descobrimento do seu “público-alvo”. Devemos entender “público-alvo” como o grupo de pessoas em que a igreja tem de alcançar. Aqui não se enquadra os preconceitos ou atitudes discriminatórias, mas na identificação das pessoas que o Senhor quer que alcancemos. Cada igreja é diferente da outra. Uma pessoa que venha gostar da igreja A, pode não gostar da igreja B, e vice-versa. O que se considera aqui é a identificação da pessoa com a igreja. Portanto, as pessoas que se identificam com uma determinada igreja, esse é o seu “público-alvo”.


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QUEM CONTROLA VOCÊ?


            Salomão tentou de tudo. Todas as suas forças, energias, saúde foram utilizadas naquilo que empreendia: muitas mulheres, a melhor casa, juntou riqueza, festejou muitíssimo, ou seja, todos os conceitos humanos que fazem dizer que a vida está valendo a pena foram testados por Salomão. Mas no final da vida concluiu: “tudo é inútil”.

            Que tipos de valores você tem seguido na vida? Saiba que demonstramos quem nos controla pelo que buscamos. E quem controla você? Por exemplo, Romanos 6 diz que se obedecemos a Deus o pecado não nos controla, pois Deus é quem exerce o controle. O contrário também é verdade. Se não nos submetemos ao que Deus determina o Diabo é quem nos controla. Quem controla você?

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FÉ E VIDA

“'Se podes?’, disse Jesus. ‘Tudo é possível àquele que crê’. Imediatamente o pai do menino exclamou: ‘Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!’” Marcos 9.23-24


Como relacionamos nossa experiência de vida com a fé? Como integramos o que vivemos com o que cremos? Até onde os dois andam juntos? A verdade é que temos muitas dificuldades de criar vínculos entre o que cremos e o que vivemos. Como falar da vitória espiritual num contexto de perdas, doenças, enfermidades, dificuldades, problemas familiares? Como é possível falar sobre fé quando se está cheio de dúvidas? Onde há instabilidade no emprego gerando grande ansiedade? Quando não conseguimos parar de correr atrás das contas? Quando não conseguimos dormir por causas dos nossos medos? Quando o silêncio de Deus começa a incomodar? Quando sentimos que Deus não está ali?

Todos esses segredos são guardados no cofre das perguntas não respondidas e das situações não resolvidas. Há cristãos assim, sem saber o que fazer com as suas dúvidas. Estão cercados de irmãos e irmãs, mas sentem-se sozinhos. Dizem que Deus cuida, mas continua o sentimento de abandono. Afirmam crer em Deus, mas sabem mais acerca da sua ausência do que da sua presença. Precisamos aprofundar e enraizar nossa fé de maneira que ela possa ter uma relação real com as nossas experiências de vida, sejam as boas, sejam as más, sejam as que não nos deixam dormir. Desta forma encurtamos a longa distância que há entre os lábios e o coração.

        Podemos perceber que Jesus olha para nós com tranquilidade. Ele nos abraça em meio as nossas dúvidas e não se afasta quando não conseguimos acompanhar o que ele diz e faz. É na história de um homem confuso e frágil e que apresenta a Jesus o seu filho possesso de espírito maligno, mesmo sem esconder sua relutância, ele se aproxima de Jesus na esperança de encontrar seu olhar acolhedor, seu toque restaurador e sua palavra transformadora. Caminhar nessa cena do texto é o encontro com a ambiguidade e fragilidade da nossa fé. Mas o texto ensina que as nossas fraquezas e dúvidas podem ser dissipadas quando a fé se encontra com as circunstâncias da vida.

     O fracasso de uma vida está na separação da fé com vida prática diária. Há duas expressões que demonstram a falência da fé nos discípulos. Uma surge nos lábios do pai: “Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram” (v.18). E a outra surge nos lábios dos discípulos: “Por que não conseguimos?” (v.28). Em outras palavras, somos colocados diante de realidades espirituais e não espirituais para saber até onde vai a nossa fé. Os discípulos de Jesus agiram diante dos fatos como se tivessem fé, mas sem revelá-la. No entanto, eu prefiro estar ao lado desse pai frágil e que já não sabe o que fazer com seu filho. E, então, de mãos vazias apresenta-o a Jesus. Eu lhe convido a assim como este homem dizer: “Eu creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade”.



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O CONCEITO CRISTÃO DO CERTO


Primeiramente, o conceito cristão do certo tem uma fonte superior – Deus. O cristão declara que Deus é um Ser pessoal, infinitamente amoroso, cujas perfeições são absolutas. Até mesmo o mais otimista dos humanistas não cristãos pode, na melhor das hipóteses, oferecer uma espécie humana que, segundo espera e de modo emergente, está sendo aperfeiçoada por ensaio e erro. Se a declaração cristã é correta, então a origem ulterior da sua moralidade (o caráter de Deus) é infinitamente superior a qualquer ética meramente humanista.

Em segundo lugar, a ética cristã tem uma manifestação pessoal superior – Jesus Cristo. A Bíblia ensina que Cristo é Deus encarnado, ou seja, em carne humana (Jo 1.1; Hb 1.8; Cl 1.16-17). O Novo Testamento proclama que Ele é o Javé do Antigo Testamento, em numerosas ocasiões (cf. Ap. 11.17 com Is 41.4; Fp 2.10 com Is 45.23). Além disto, o cristianismo tem uma declaração ética superior – a Bíblia. Deus é amor e Cristo é o amor de Deus manifestado na forma pessoal. A lei, ou a Palavra de Deus escrita, é o amor manifestado em forma proposicional, as leis morais são o modo de Deus colocar o amor em palavras.

Quando o egoísta diz: ”Por que devo amar outras pessoas?” o cristão pode responder: “Porque Deus assim manda, e ele nos ajudará um dia”. O cristão se lembra das palavras de Paulo: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.3, 4).
                           
A lei moral nunca visava dar ao homem a capacidade de viver à altura dela, da mesma maneira que fitas métricas não feitas para tornar as pessoas mais altas, nem os prumos para endireitar prédio. A lei foi dada para mostrar-nos o padrão; quando não chegamos à altura dele, não empregamos o padrão para corrigir a situação. Um espelho mostrará ao homem a sujeira no seu rosto, mas não lavará a sujeira. A lei revela a culpa do homem diante de um Deus Santo à luz dos Seus padrões morais, mas a lei não pode salvar. Neste sentido, a lei traz condenação, não salvação. Somente Cristo pode salvar. Mas aqui está precisamente a superioridade do sistema cristão. Onde a pessoa obtém a motivação para amar aos outros de acordo com o amor de Deus? Cristãos são motivados pelo amor de Cristo (2 Co 5.14,15). Logo, a natureza daquilo que é certo se resume assim: O conceito cristão da ética tem uma fonte superior (Jesus Cristo), bem como uma declaração superior (a Bíblia), e uma motivação superior (o amor de Cristo).

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CADA MACACO NO SEU GALHO

O pastor chegou da igreja cansadão depois de um domingo cheio de atividades e desabou no sofá para dar aquela relaxada. Alguém ligou a TV justo no momento em que acabavam de mostrar os gols da rodada. O repórter perguntou ao jogador que se destacou na rodada como conseguira fazer aquele golaço. “É, eu chutei e graças a Deus foi gol.” “Oh, eu não sabia que esse cara era atleta de Cristo!”, exclamou o pastor, levantando-se empolgado do sofá. “Tenho que trazê-lo para pregar na minha igreja”. Não sossegou enquanto não arrumou um diácono que era amigo da irmã da sogra do jogador. Mesmo advertido de que o craque não era tão bom de fé quanto era de bola, o pastor não quis saber e pôs faixas no bairro inteiro, anúncios no rádio e convites no jornal.

No domingo, a igreja estava lotada. Depois que as seis bandas da igreja se apresentaram, o pastor se levantou e, orgulhosamente, apresentou o grande pregador da noite. O atleta que, até então, só sentara no último banco, subiu meio desajeitado no púlpito e engoliu em seco ao encarar de frente a multidão. Resolveu encarar a situação. Respirou fundo, deu uma ajeitada na gravata que nunca tinha usado e começou: “Bom, meus irmãos, eu vou contar para vocês a parábola do bom samaritano. Amém?” A congregação respondeu em coro: “Amém!” O artilheiro ganhou moral com o eco favorável da torcida.

O SERMÃO – “Um homem descia de Jerusalém para Jericó quando caiu numa plantação de espinhos que começaram a sufocá-lo. Tentando sair da incircuncisa situação, ele gastou todo o seu dinheiro até ficar pobre, a ponto de comer a comida dos porcos numa fazenda. Foi então que ele encontrou a rainha de Sabá, que lhe deu um prato de lentilhas, cem talentos de ouro, vestidos brancos e um cavalo. Ao prosseguir viagem, seus cabelos se enroscaram numa árvore e o homem ficou pendurado por muitos dias, mas os corvos lhe trouxeram comida e água, de sorte que o homem comeu cinco mil pães e dois peixes.”

“Uma noite, quando ainda estava suspenso, Dalila, sua mulher, chegou e sorrateiramente cortou seus cabelos. O homem caiu em pedregais escorregadios, mas levantou-se e andou. Então choveu quarenta dias e quarenta noites e o homem escondeu-se numa caverna, onde se alimentou de gafanhotos e mel silvestre. Saindo, encontrou um servo chamado Zaqueu, que o convidou para jantar. Mas o homem desculpou-se, dizendo que não podia porque havia comprado uma manada de porcos perdidos como ovelhas sem pastor. Foi então que um leão faminto tragou os porcos, mas Golias derrotou o leão com sua funda e mostrou ao homem o caminho que levava a Jericó. Ao aproximar-se das muralhas da cidade, ele viu Jezabel na janela. Mas, ao invés de ajudá-lo, ela riu. Indignado, o homem bradou em alta voz: ‘Lançai fora!’ E eles a lançaram fora setenta vezes sete. Dos fragmentos foram recolhidos doze cestos e disseram: ‘Bem-aventurados os pacificadores.’ Portanto, meus irmãos, na ressurreição dos mortos, de quem será está mulher? Assim diz o Senhor. Amém.”

Encantada, a congregação aplaudiu de pé. Na saída, entre um autógrafo e outro, o pastor ouviu uma confissão: “Eu não entendi nada do que ele pregou, mas foi uma bênção.” “Aí, você falou ao meu coração!”, suspiraram as garotas da igreja. Feliz como quem marca um gol de placa, o “craque” da Palavra foi para casa achando que era o novo Caio Fábio.

Alex Dias Ribeiro, diretor executivo nacional dos Atletas de Cristo.

Essa fábula é cômiga e trágica ao mesmo tempo, pois, embora os exageros, retrata bem muitas das igrejas dos nossos dias. O que vale são templos cheios mesmo que as pessoas saiam de lá ainda vazias. O pior é que muitas pessoas se interessam por esse tipo de coisa, não estão interessadas num encontro com a Palavra. Se estivessem buscariam igrejas não de eventos, pois igreja de evento é “vento”. Buscariam igrejas realmente comprometidas com a Palavra. Buscariam pregadores comprometidos em ensinar, edificar e alimentar seu rebanho numa demonstração clara e objetiva de que a revelação de Deus, a Bíblia, deve ser tratada com respeito e zelo. Os púlpitos não podem ser ocupados por qualquer pessoa, aquela que se autointitula pregadora da Palavra. Os pastores devem zelar pela saúde espiritual e mental do seu rebanho, pois prestarão contas a Deus sobre o que permitiram entrar pelos ouvidos daqueles que deveriam cuidar.





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ORAÇÃO E VIDA

Certa vez assisti ao filme "Alexandria" que narra o século V depois de Cristo. Há um momento que o mestre, como era chamado, um líder parabolano, ordem de monges, que após mostrar algumas coisas a um jovem ex-escravo lhe disse: “Agora vem que vou lhe ensinar a orar”. A oração que aquele ex-escravo, agora cristão, aprenderia teria uma correlação com aquilo que na prática assistira. Ou seja, quem ensina a orar ensina os pensamentos, os valores, os princípios que quer ver na prática de vida do discípulo.
            Lucas 11 os discípulos pediram a Jesus: “Mestre, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos”. Ou seja, os discípulos não estavam interessados numa formulação sistemática denominada oração. Estavam ansiosos por aprender os valores e os princípios da oração de Jesus. O que ele poderia ensinar com os conteúdos da sua oração. Tanto que em todos os relatos em que Jesus orou, você não vê a oração do Pai nosso sendo reproduzida.  Portanto, mais do que palavras pronunciadas Jesus ensinou que oração é estilo de vida.

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