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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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FÉ QUE PENSA OU RAZÃO QUE CRÊ?



Certa vez me questionaram preocupadamente sobre o fato de ter ingressado na faculdade de filosofia, se não abandonaria ou esfriaria na fé. Disse minha interlocutora: “Tenho uma amiga que começou a estudar filosofia e abandonou a igreja”. Respondi que não. A filosofia não apenas não me esfria na fé, mas dá sua contribuição no seu fortalecimento, pois ela ajuda a entender a fé. A filosofia jamais foi nem pretendeu ser contraditória à fé. Por outro lado, quem disse que fé e igreja são sinônimos?
Deus jamais incentivou à ignorância. Uma fé ignorante é absurda. Claro, a fé tem sua importância vital e seus méritos conforme diz Hebreus 11.6: “Mas o justo viverá pela fé”. Mas a razão é nobre conforme Atos 17.11: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo”. Deus nos incentiva a “amá-lo com todo entendimento...”, Mateus 22.37. Obviamente crer em Deus é uma questão de fé e tão somente. Porém, a prática da fé tem que ser racional.
Entretanto, uma fé irracional tem levado muitos ao abismo do fanatismo. E não é difícil encontrar fanáticos. Eles estão em todos os lugares. Aceitam doutrinas apregoadas em nome de Deus, mas que se opõe ao que Ele diz. Eles se aperfeiçoam na arte de ver as coisas invisíveis de Deus e estão cegos para as visíveis. Acham-se iluminados. São profetas escatológicos. Alguns inclusive marcam data para a volta de Jesus. São apaixonados pelo zelo religioso colocando-o acima de qualquer pessoa ou coisa. Eles não pensam. Somente sentem. O culto passa apenas pela emoção, nunca pela razão. São capazes de lançar seus corpos para serem queimados sem pensar nas razões ou consequências. Eles não podem amar a Deus. Eles amam a religião e a guerra. A religião fanática é facciosa, Deus não é. Eles não suportam o ensino bíblico consistente, pois lhe são loucura. Muitas vezes a Bíblia confronta seus interesses e práticas.
Mas por que chegamos a essas questões como se a fé é divina e o pensamento diabólico? A verdade é que não somos estimulados à reflexão. Nunca fomos. Isso é cultural. As coisas tem que estar prontas. Por isso o conhecimento válido é o baseado apenas nas crenças, no que os outros dizem. Pior, se o outro gozar de prestígio para nós, o que nos diz é carregado de verdade. Mas se não, é negação da fé mesmo que seu discurso seja divino, a mais pura revelação das Escrituras Sagradas. Por isso até mesmo a Bíblia não é tão apreciada nos dias de hoje.
Logo, o que necessitamos? Da fé rompida com a razão? Da fé estúpida, ignorante, que aceita tudo desde que se fale em nome Deus? Estou plenamente convencido de que necessitamos nos converter não no sentido primário em relação ao pecado. Mas afirmo uma conversão no sentido de fazermos uso da capacidade crítica-reflexiva dada por Deus. Fé e razão não são excludentes. Necessitamos crer e também pensar. Pensar ajuda a crer apropriadamente. Em outras palavras, necessitamos de uma FÉ QUE PENSA E UMA RAZÃO QUE CRÊ.

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DESILUSÃO, A FILHA DO PECADO



“Quem gera a maldade, concebe sofrimento e dá à luz a desilusão”.
Salmo 7.14
Num caso assim, quando já se deu vigoroso início ao processo pecaminoso, há alguma volta? A essa altura, há alguma volta? A essa altura, a tragédia parece inevitável. É como se estivéssemos dentro de um carro sem freios descendo uma ladeira muito íngreme.
            Usando a figura do salmista, somente interrompendo a gestação do pecado é que se pode resolver o problema. Estando “gravido” da malícia, o pecador precisa interromper a “gravidez”, antes de dar à luz a desilusão, decepção. Se Davi tivesse interrompido o processo de adultério já iniciado e tivesse devolvido a mulher de Urias antes de se deitar com ela, se Judas tivesse abortado o processo de traição já iniciado e já tornado público por Jesus antes de ir buscar a escolta – teriam evitado duas das mais sinistras tragédias da história.
            O pecado é absolutamente sedutor. Quando caímos em sua sedução nos desiludimos porque percebemos que a sua satisfação é apenas temporária, depois volta o vazio. O processo do pecado visa justamente preencher esse vácuo na alma humana. Como não consegue, o seu fim é a desilusão. Desilusão por ter agido com rebeldia. Gerar o pecado é rebeldia contra Deus. E tudo começou lá no Éden quando Deus deu a ordem para que não comessem o fruto da árvore que estava no centro do jardim. Adão e Eva comeram. O problema não estava no fruto, mas na atitude rebelde de desobedecer a Deus. Rebeldia porque infringe a ordem divina. Determinadas coisas podem ser naturais e até boas aos nossos olhos, mas precisamos saber que o Senhor de todas as coisas é quem sabe o que é melhor para nós. Não importa aqui o que pensamos, o que queremos ou o que achamos. O que interessa é que estamos abaixo de Deus. Ele é Senhor de todas as coisas, portanto, todas as suas ordens e princípios estabelecidos devem ser obedecidos por nós.
            Nos desiludimos também porque o pecado gera vergonha. Há uma grande razão para dizermos que determinadas atitudes nossas são pecados: é quando se faz escondido. Querido, você pode fazer o que quiser na sua vida, mas saiba que um dia, quando menos se espera é pego em flagrante. Sobretudo, o flagrante de Deus. Nada podemos esconder de Deus! Nos desiludimos também por causa das consequências que o pecado traz. As pessoas pecam achando que ficarão impunes. Tudo na vida tem suas consequências. O pecado tem muitas. Nos desiludimos também porque nem sempre o pecado afeta somente a nós. Muitas vezes são os outros os afetados. O cônjuge, os filhos, os amigos... Isso provoca dor quando sabemos que as nossas atitudes prejudicaram pessoas que amamos. Todo pecado gera consequências. Umas maiores outras menores, mas todos têm. E o pior é a consequência da morte eterna, que é a separação total de Deus, sem possibilidades de retorno e para toda eternidade.

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O AMANHECER DA ESPERANÇA



“De manhã ouves, ó Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança”.
 
Salmo 5.3

Há um momento que é sempre sublime: o amanhecer. Momento de silêncio. Não há barulho, não há correria. Não há gritaria. Não há confusão. Não há gente. Não há trânsito. Não há correria ao banco. Momento de inigualável beleza; sobretudo, quando temos a oportunidade de ver o surgimento do sol, trazendo luz e calor. Foi considerando esse momento que o salmista ora: “De manhã ouves, ó Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança”. No livro de Lamentações 3.22-23, diz: “As misericórdias do Senhor não tem fim. Renovam-se a cada manhã.” Certa vez, Jesus de madrugada, quando o dia amanheceria, saiu de casa. Seus discípulos o procuraram em todos os lugares. O encontraram num lugar deserto em oração. Então souberam que Jesus, antes mesmo do sol raiar, levantara da cama e fora àquele lugar onde pode orar tranquilamente.
O salmista diz: “De manhã ouves, ó Senhor, o meu clamor; de manhã te apresento a minha oração e aguardo com esperança”. O salmista levanta a sua oração com esperança. Somente Deus poderia ajudá-lo. Mais um dia surgia. Ele estava sofrendo e angustiado. Não poderia atravessar aquele dia com a angústia assolando a sua alma. O dia não seria dos mais tranquilos. Neste caso, não há maneira melhor de começa-lo do que prostrado diante de Deus, na certeza de que sua presença e confiança depositada nele seriam engravidadores da esperança. A tristeza e o sofrimento do salmista não foram em vão. Eles ajudaram a encontrar forças em Deus, e nela se apoiar. A sua mente estava totalmente dominada por aquilo que desanimava. Viver com toda a intensidade esse momento não traria alívio, pelo contrário, traria mais sofrimento ainda. Portanto, enquanto as tragédias e sofrimentos da vida produzem desânimo, a oração faz com que a esperança o faça viver aquilo que crê irá acontecer, a restauração do estado da sua vida.
Talvez você tenha chegado no momento em que esteja em ruínas, destruído, amassado, contorcido e sem esperança. Então, o salmista vem lhe ensinar como olhar para este e outros dias: com esperança. O salmista não ignora as dificuldades que o rondavam e o assolavam. Ele também viveu dias de angústias. Mas ele ensina que vale a pena não perder as esperanças na bondade de Deus, pois seu coração em Deus dizia que nada estava perdido, nem tampouco seria derrotado. Todavia, projetou seus olhares a Deus e baseou suas esperanças no Senhor. Querido leitor, nos momentos de grande tormenta em que você se sente devastado, desolado, desanimado, destruído, é preciso saber, lembrar e viver que uma vida de oração projeta a esperança. Não qualquer oração, mas aquela que nos ajuda a comunicar com Deus no nível da alma. A oração traz esperança quando a praticamos traduzindo uma relação vital com Deus.
Quero convidá-lo a orar comigo assim: Senhor Deus, a cada dia muitas lutas e dificuldades tenho que enfrentar. Mas seis que não preciso enfrenta-los sozinho. O Senhor está comigo. A cada dia, a cada manhã quero lhe buscar com toda a força da minha alma. Nela depositar a minha esperança de que o Senhor me livrará de tudo o que me assola. Esta é a minha confiança. Amém!

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