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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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CRISTIANISMO OU MEDIOCRIDADE RELIGIOSA?



                A vida cristã não pode ser explicada, avaliada, discernida, criticada pelas práticas consideradas cristãs, inclusive aquelas legítimas percebidas na vida dos crentes. Isto é, não é pelo fazer ou deixar de fazer que podemos ser chamados cristãos, pois o que fazemos ou deixamos de fazer é sempre contraditório que se explica pelas questões subjetivas, pessoais, particulares, relativos ao interior do coração do homem que só Deus tem acesso. A vida cristã é algo vivido de dentro para fora; ou seja, o mais importante é o que Deus faz em nosso interior, e não o que fazemos diante dos outros como prática religiosa.

                Nem todo aquele que tem práticas cristãs é necessariamente um cristão. Nem todo o que tem convicções cristãs está vivendo um cristianismo autêntico. Todavia, todo aquele que é verdadeiramente um cristão possui práticas cristãs. Sendo assim, qual o valor daquilo que está no interior do coração do cristão e qual é o valor dos seus atos visíveis na sua experiência com Deus?

                O importante é você avaliar a si mesmo e perceber se está vivendo debaixo da mediocridade da religião. Entenda mediocridade como aquilo que tem pouco mérito. Aquilo que existe na sua experiência religiosa corresponde ao verdadeiro evangelho de Jesus Cristo ou é uma versão estúpida e distorcida do evangelho, ou seja, religião disfarçada de cristianismo?


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AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO


Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante,e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.


Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.
12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-
70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.
75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
78 ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
82 ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?
85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?
90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

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CAMINHO PLANO


“Aplaina o teu caminho diante de mim”.
Salmo 5.8
        
Para iniciar quero citar dois momentos bíblicos. O primeiro está no livro de Provérbios; há um verso que diz: “Há caminhos que ao homem parece direito, mas o fim deles é a morte”. O outro são as palavras de Jesus que disse que o caminho que leva à vida é apertado e pouco frequentado. Neste caso, não temos o direito de alargá-lo nem o direito de facilitá-lo seja para mim seja para os outros. Não posso pedir que o caminho seja menos exigente, menos rigoroso. Não posso pedir que seja mais condescendente com a natureza humana. Mas, certamente, posso pedir como o salmista: “Aplaina o teu caminho diante de mim”.
            O caminho continua sendo o caminho de Deus, traçado por Deus. Não adaptado por causa dos meus interesses ou dificuldades pessoais. O que podemos é pedir para que o caminho dele seja aplainado diante de nós. Quando peço a Deus: “Aplaina o teu caminho diante de mim” reconheço que há obstáculo e buracos em minha jornada. Então desejo que ele torne o caminho plano, pois não quero nem abandonar o caminho nem cair em algum buraco presente nele.
Aliás, certa vez, num jornal, foi publicado em primeira página um incidente em que uma adolescente de catorze anos andava displicentemente por uma das ruas de sua cidade, quando, de repente, caiu num buraco fundo e perigoso. Muitas pessoas se mobilizaram para ajudá-la, e só depois de várias horas de tentativa foi que os bombeiros conseguiram resgatá-la com alguns ferimentos. Esse fato ilustra muito bem o que pode acontecer com os jovens e adolescentes que andam alheios aos caminhos de Deus e indiferentes aos conselhos dos pais, escolhendo caminhos impróprios, acabam caindo "nos buracos da vida" e para sair de lá dão muito trabalho. Jovens que cada vez mais cedo enveredam pela vida dos vícios, da sexualidade desenfreada, das amizades não condizentes. Todos nós vemos, a todo o momento, pela TV, a imoralidade de homens sem escrúpulos e aproveitadores de menores que usam adolescentes como objeto sexual. Seja como for, para resgatar esses jovens e adolescentes irá custar muitas lágrimas da família e orações da igreja, caso sua família faça parte de uma.
            Porém, em Jesus os jovens e adolescentes desfrutam a liberdade de fazer tudo o que na juventude e adolescência convém fazer. Mas é preciso orar, vigiar - tendo cuidado com as escolhas da vida, cuidar dos programas de televisão destinado ao público jovem que os influencia, e andar no caminho de Cristo Jesus. Assim, os jovens e adolescentes não cairão nos "buracos" da vergonha e desonra.
“Aplaina, Senhor o teu caminho diante de mim” é a oração do salmista. Ela também pode ser também a sua oração. Portanto, remova os buracos da minha trajetória, Senhor, para que eu continue caminhando o seu caminho. Livra-me dos buracos da vergonha e da desonra. Ajuda-me a estar atento, vigilante. Torne o meu caminho plano, facilite a minha caminhada. Quero continuar no seu caminho. Me alimente. Me revigore. Quero continuar avançando rumo ao céu.

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A ILUSÃO NOSSA DE CADA DIA

"Até quando estarão amando ilusões e buscando mentiras?”
Salmo 4.2

Alguns pensadores, sobretudo, modernos e contemporâneos defendem que o homem não pode prescindir da ilusão. Ela faz parte da natureza humana, e é uma forma de fugirmos à vida real, e ao sofrimento e falta de sentido presente no fundo da nossa existência. O homem não suporta viver constantemente a verdadeira realidade. Aliás, historicamente o homem sempre lutou contra a realidade. Cria um universo cheio de mitos e crenças que favorecem aquilo que esperam da vida. No entanto, a ilusão que dá sentido a vida não passa daquilo que é em si: ilusão.
Viver na ilusão é muito complicado. Ilusão é uma espécie de mentira quase sempre inconsciente que pregamos a nós mesmos, movidos pela pressão dos nossos próprios desejos, na certeza ou na esperança de encontrar o caminho mais curto da realização pessoal. É o expediente do qual lançamos mão para contornar problemas de maneira gostosa, sem esforço, sem luta, sem sacrifício. Só depois de algum tempo caímos na real e percebemos que a ilusão era um mero sonho, um produto da imaginação, um atalho que não deu certo, uma sensação emocional artificial e efêmera, uma decepção que tentamos burlar.
Mesmo assim há muitas pessoas que ainda preferem viver de ilusões. A realidade dos relacionamentos, das condições socioeconômicas são substituídos pela imaginação, substituídos por um mundo perfeito criado na mente dos que assim vivem, culminando com atitudes delirantes, muitas vezes. Vivem de aparências. Substituem o real pelo virtual. Vivem de ilusões. Desejos que não se realizarão, condições que jamais mudarão.
Mas o salmista não faz parte do grupo que prefere ilusões. Ele coloca as palavras “ilusões” e “mentiras” na mesma linha, no mesmo nível, no mesmo saco por uma razão simples: se as ilusões são produzidas pelos sentidos que tentam enganar a realidade, é verdade dizer que quem vive de ilusões vive uma vida mentirosa. E ainda adverte: “Até quando vocês estarão amando ilusões e buscando mentiras?”. Os que preferem ilusões focalizam miragens e fogem da realidade enquanto podem, até despencar mais cedo ou mais tarde dos braços dela.
Como é sua vida querido ouvinte? Tem se caracterizado pela fuga da realidade? Tem produzido mentiras para se sentir bem consigo mesmo e com o mundo externo? Mas é importante dizer que mais cedo ou mais você cairá na real e perceberá que tudo que foi construído não passou de um castelo de cartas que inevitavelmente desabaria. Então concluirá que tudo na sua vida era uma mentira. Quando a Bíblia questiona “Até quando estarão amando ilusões e buscando mentiras?”, está dizendo que está vida não precisa ser vivida porque você pode ser feliz e realizado mesmo sendo o que é, mesmo possuindo as condições que possui porque felicidade, querido, não é onde se chega, mas como se vai. Felicidade não é produto de uma mente imaginativa que foge da realidade, mas é produto de quem conhece a vida em Deus. Deus já preparou tudo para lhe fazer feliz com aquilo que você é e com o que você tem.
Convido você que quer este tipo de vida a orar comigo assim: Pai Celeste, entendo que não serei feliz criando um mundo imaginário onde tudo foi resolvido. Entendo que não posso fugir da realidade da minha vida. Por isso peço a sua ajuda. Tudo o que o Senhor sonhou para mim, dou-lhe a permissão de realizar, pois a minha felicidade, reconheço, está em ti.

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DE CABEÇA ERGUIDA


“Mas tu, Senhor, me fazes andar de cabeça erguida.”
Salmo 3.3

Se estamos de cabeça baixa só enxergamos o chão, os matos, as florzinhas, os bichinhos, o pó da terra. Se estamos de cabeça erguida, só enxergamos o céu, as árvores, as aves, as estrelas, as galáxias. Se estamos cabisbaixos, só enxergamos o visível, o palpável, a mesmice de sempre. Se olhamos para o além só enxergamos o invisível, o que o olho nunca viu nem ouvido ouviu. Se olhamos para baixo, vemos a terra se abrindo para recolher nosso corpo. Se olhamos para cima vemos o céu se abrindo para recolher nossa alma. Tudo depende da nossa postura. É preciso mudá-la. De cabeça baixa para cabeça erguida. Da atenção dada ao chão a atenção dada ao céu. Da fixação da morte para a fixação da vida. Ou seja, tudo depende do ânimo com que encaramos as mais variadas situações da vida. A nossa felicidade ou a nossa infelicidade muito depende da nossa postura diante das dificuldades, adversidades e desafios.
O salmista desprezou a cabeça baixa e valorizou a cabeça erguida. Disse que era Deus quem o fazia andar de cabeça erguida. De fato, Deus sabe substituir a cabeça baixa pela cabeça erguida. Ele sabe corrigir a anomalia do queixo caído. Quando Deus mostra o seu amor, a sua misericórdia, o seu perdão, o seu poder, a sua glória, a cabeça baixa se levanta. Quando Deus afasta o véu e deixa o cabeça-baixa ver o que ainda está para acontecer, a vontade de olhar para cima aumenta e a vontade de olhar para baixo diminui. Mas para que isso aconteça depende do indivíduo. Deus o faz, mas você tem que se permitir a isso.
Deus o ajuda, mas é preciso a disposição em face as situações difíceis sobre as quais você não tem forças para controlar ou resolver. A sua cabeça baixa pode se referir ao estado de prostração quem sabe na sua cama nesse momento. Ou então, pode se referir a derrota pela perplexidade, a acomodação... É preciso sair da inércia. Se sua cabeça continuar para o chão nada verá acontecendo, pois a cabeça baixa nos cega para as coisas que estão adiante de nós.
Deus agirá na sua vida dependendo da sua postura. Não sei quantos me ouvem nesta hora, mas tenho a certeza de que há pessoas cujas cabeças não conseguem erguer por se sentirem inferiorizadas, menosprezadas. Pessoas vitimadas pelo preconceito e discriminação. Pessoas que não se sentem valorizadas. Pessoas decepcionadas e frustradas. Pessoas que não veem o valor que possuem. Pessoas desanimadas e que entregaram os “pontos”. Se você vive assim jamais conseguirá enxergar qualquer possibilidade de uma nova vida. Lute pelas coisas que você quer. Não entregue os pontos. O que você tem desejado? Pense nisso agora! Nós sempre somos os principais responsáveis se alcançamos ou não. As coisas podem ser e estar muito difíceis, até piorando, você pode estar quase caindo, mas lembre-se que Deus quer manter sua cabeça erguida. Com o pouco de força que lhe resta use para buscar em Deus a força que necessita. Você não vai conseguir? Vai sim! Isso exige esforço. Você ainda tem forças para dar alguns passos. Vá até ele. Ele espera a sua confiança nesse momento. Ele mudará a história da sua vida na medida em que sua cabeça é erguida.
Então, ore comigo assim: Senhor Deus, ajuda-me a sair da prostração. Ensina-me a andar de cabeça erguida.

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QUE VOZ É ESTA?


“São muitos os que dizem a meu respeito: ‘
Deus nunca o salvará!’”
Salmo 3.2

Nem todos os que ouvem vozes são doentes mentais nem possuem algum transtorno. Não há um que não tenha ouvido alguma voz que soa de dentro. Vozes silenciosas e insistentes. Vozes da alma, a voz da infância, a voz do trauma, a voz da memória coletiva, a voz da tradição religiosa, a voz dos pais, a voz do amor, a voz do sexo, a voz de Deus. Uma coisa sabemos: não há silêncio interior. Ao contrário, o que há lá dentro são muitas vozes ao mesmo tempo, muito barulho, às vezes, um verdadeiro tormento.    O pior é que uma voz diz isso e outra diz aquilo. Elas têm recados opostos, conflitantes. E nenhuma das vozes deixa de insistir. Percebe-se claramente que uma delas está pregando uma grande mentira. A questão é descobrir a voz que não faz uso da mentira.
            Como qualquer indivíduo, o salmista teve de enfrentar o problema da voz interior e perturbadora que sussurra sem parar: “Deus nunca o salvará”. O salmista viveu momentos em que uma adversidade grande o envolvia. Ele se sentiu ameaçado por ela. Seu trono, tudo o que construíra estava em perigo. Diante disso o salmista Davi recorre a Deus. Pede seu auxílio, seu socorro. Aí surgem as vozes perturbadoras: “Deus nunca o salvará”. Porém, ao mesmo tempo, o salmista ouvia a voz contrária, a voz abençoadora, a voz que desmente a voz que perturba, a voz que afirma categoricamente: “Eu sou o Senhor, sou o seu Salvador, o seu Redentor, o Poderoso Deus”. Descobrir a voz que vem da boca de Deus não é tão complicado quanto se pensa. Quando a palavra audível não entra em choque com a palavra escrita, conforme se acha na Bíblia, então essa voz é a voz de Deus e não a voz perturbadora!
            Querido ouvinte, não importam o que as circunstâncias ou as pessoas dizem. O que importa é o que Deus diz. Pode haver muitas vozes em seu interior que dizem que você não vai conseguir. A voz do passado que a todo momento fala daquilo que você fez e não se orgulha. A voz que lhe qualifica com predicados que você não quer aceitar. A voz que lhe diz ser desprezível e desprezado. A voz que lhe diz dever fazer coisas que não quer. A voz que lhe aprisiona e perturba. A voz que você não consegue se livrar. Não há botão que reduza o volume. A voz continua amplificada. Voz interior. Voz perturbadora. Em contrapartida há a voz de Deus que consola a alma, que alegra o coração fazendo-o transbordar para a vida. A voz que anima, que nos coloca pra cima, que cura, que acalenta, que promove paz na alma.
            O grande desafio pra você é identificar a voz de Deus. As vozes interiores permanecerão, mas a voz de Deus é que precisa ser amplificada em seu interior. A voz interior pode dizer: “Deus nunca o salvará”, mas a voz de Deus estará sempre dizendo: “Eu sou o teu Deus, o teu Salvador”, “Vinde a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados e eu lhe darei descanso”. Busque na Bíblia encontrar e ouvir a voz de Deus.

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