Qual
a diferença e a semelhança entre o salvo e o não-salvo? A semelhança é que
todos são pecadores, a diferença é que o salvo é pecador convertido. E se nos
convertemos os outros poderão se converter também. Portanto, precisamos
amá-los, falar-lhes acerca de Jesus, e não julgá-los achando-nos melhores e
senhores da verdade. Quando fomos alcançados, o fomos para sermos servos das
pessoas.
No
que diz respeito à arrogância religiosa devemos substituí-la por duas atitudes,
pelo menos:
a)
Pela humildade
Isto
inclui a rejeição da autopromoção que é sinal de arrogância. Ou seja, um
arrogante faz marketing de si mesmo, é altivo e desdenhoso. Já vi muitas
pessoas achando-se melhores ou superiores às outras por possuir um dom
espiritual que para ela é o melhor. Deus fala a nós, sabemos disso. Mas quando
vejo tantas pessoas dizendo que estão fazendo isso ou aquilo porque Deus falou
que fizessem, fico preocupado. Pois, até onde estamos realmente ouvindo a voz
de Deus se psicologicamente podemos criar vozes e atribuí-las a Deus. Ou até
mesmo certos de que é a voz de Deus, até onde comentamos que ouvimos sem que
estejamos interessados, inconscientemente, em nos promover. E há um outro
fator, será que quando dizemos que Deus falou é para não sermos questionados?
Afinal, quem vai discutir com o que Deus falou? Em outras palavras, há pessoas
que sempre ouvem Deus falando, mas desconhecem a vontade de Deus. Não estou
dizendo que Deus não fala ou que sempre nos enganamos. O que estou querendo
dizer é que mesmo que ouçamos a voz de Deus não podemos nos distanciar das
pessoas, nem tampouco tratá-las com arrogância. Pra mim não faz sentido algum
ouvir Deus e estar surdo para as necessidades das pessoas. Meu coração tem
enchido com muita preocupação relacionada a essas coisas.
A
humildade é princípio básico da vida cristã. Sobre ela Jesus ensinou nas
bem-aventuranças (Mateus 5.3-9). Será que as pessoas nos veem como crentes
humildes? Será que o nosso relacionamento com as pessoas é marcado por estarmos
certos o tempo todo porque Deus está falando conosco e não com elas? Cuidado
com a arrogância religiosa, substitua-a pela humildade para aproximarem-se cada
vez mais das pessoas.
b)
Linguagem mais acessível
Uma
outra maneira de erguermos a barreira da arrogância religiosa são os termos
espiritualizantes que adotamos. Por exemplo: “Deus quer lavá-lo e remi-lo com o
sangue do cordeiro”, o que a pessoa que ouve isso vai pensar? Quando usamos
termos como “Você precisa nascer de novo”, poderíamos usar “Você quer ter um
relacionamento com Jesus?”. Quando estava preparando o estudo pensava: outro termo
é a palavra pecado; pecado hoje é subjetivo, até dentro das igrejas. Então
deveríamos dizer “falha moral”. Quando usamos termos e clichês que as pessoas
não entendem, elas não gostam. A nossa linguagem muito diz daquilo que pensamos
ou somos. A nossa linguagem precisa se aproximar da linguagem das pessoas.
Utilizar termos que elas possam entender e compreender. Deixe o “evangeliquês”,
fale claro.
A
barreira da arrogância religiosa tem afastado muitas pessoas de nós. Isso não é
bom! Que destruamos tal barreira para que sejamos acessíveis às pessoas e as
pessoas a nós. Somente assim conhecerão o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo.
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