2 Reis 4.1-7
Estamos vivendo dias de
perplexidade. Em todos os setores, os nossos dias são espantosos e admiráveis,
ao mesmo tempo. Se por um lado vemos o avanço tecnológico, por outro a
humanidade mostra-se incapaz de resolver o câncer. Vivemos era de economia
globalizada, mas por outro lado não se resolve o problema da fome. É
impressionante notar os recados que a natureza nos dá como respostas às
agressões por ela sofridas, impostas pelo homem que polui e destrói o
meio-ambiente. A crise econômica mundial colocou os países numa
corda-bamba onde têm que tomar as medidas necessárias para que a recessão não
tome conta sem, contudo, dar espaço a inflação. As coisas também não tem sido
fáceis para as famílias. As pessoas têm que trabalhar cada vez mais para satisfazer
as necessidades, para uns, e vaidades, para outros, colocando em risco os
relacionamentos. Parece que os problemas se avolumam, crescem, e sobre eles
pouco se pode fazer.
No campo religioso também
encontramos crise. Crise de identidade, crise de valores, crise de credo, crise
de liderança, crise de espiritualidade, crise de ética, crise de
relacionamento. Acredito que tudo isso tem a ver com a maior de todas as crises,
que é a catalisadora de todas que citei e outras mais, é a crise de conhecimento.
Não qualquer conhecimento. Não do conhecimento secular, mas do conhecimento de
Deus. Em geral as pessoas não conhecem a Deus. A maior fome não tem sido a fome
de comida, mas fome da Palavra. A maior sede não é a sede de água, mas a sede
da Palavra.
O texto bíblico fala de um momento
de crise. Acredito que podemos inferir no
texto além da necessidade de uma família, a necessidade da igreja de Cristo que
pode ser satisfeita. Ao ouvir a queixa daquela mulher, Eliseu perguntou o que
tinha em casa. Ele
não perguntou o que ela perdeu com a crise. Ele não perguntou o que ela
gostaria de ter. Nem perguntou o que tinha de sobra. Mas perguntou o que ela
tinha. O que você tem, igreja? Ah, Senhor, queríamos tanto uma orquestra na
igreja! Queríamos tanto ver os bancos lotados! Queríamos uma juventude
dinâmica. Deus não está perguntando o que você gostaria de ter. Deus está
perguntando o que você tem. Pois o que você terá dependerá de como você usa o
que tem.
A mulher disse que possuía apenas um
vaso com azeite. Quero convidar você a pensar nessa mulher como sendo você.
Cada um tem o seu próprio vaso: o coração. Quando abrimos o coração o Senhor
derrama em nós do seu Espírito. Tudo o que a igreja precisa é do Espírito Santo
de Deus. Sem o Espírito tornamo-nos um clube. Sem o Espírito nos esfriamos. Sem
o Espírito não conhecemos de Deus. Sem o Espírito não há poder nem unção. Sem o
Espírito não há a multiplicação. Sem o Espírito não há a glória de Deus. Por
isso o que Deus está dizendo a sua igreja é: Deixa-me encher-te com o meu
Espírito. Mas para que Deus encha o seu coração, o vaso, precisa estar vazio.
Deus não enche corações cheios. Portanto, é preciso esvaziar-se da arrogância,
da vaidade, do egoísmo, da auto-retidão, do autoconhecimento e etc...
Mas olha que coisa interessante. A
instrução de Eliseu diz que após recolher os vasos, deveria entrar em casa e fechar
a porta. O que isso significa?
1. Significa que
devemos nos separar do mundo (v.3-5)
Para
ver o enchimento do Espírito de Deus é preciso fechar a porta da casa para tudo
o que não presta: para a bebida depois do culto, para o sexo ilícito, para a mentira,
para a desonestidade, etc. Fechar a porta da boca para a língua maledicente,
que difama, que fala da vida alheia. Entra com sua família dentro de casa e
feche a porta para o mundo, pois dentro da sua casa você verá um grande
milagre, o Espírito Santo de Deus sendo derramado no coração de cada filho, da
esposa, do esposo.
Não podemos viver vida dupla.
2. Significa que
devemos cultivar a intimidade com Deus
Você pode estar fechando a porta da
sua casa para tudo o que não presta, mas se não buscar a intimidade com Deus,
mesmo assim, não será cheio do Espírito Santo. Jesus disse no sermão do monte
que era para fechar a porta da falta de tempo para Deus, não foi? Veja o que
diz Mateus 6.6
Não se pode esperar vitória sem
Deus.
3. Significa que devemos
buscar novos vasos (v.3, 6)
O Espírito Santo será derramado na
medida em que você trouxer novas pessoas para o reino do Senhor. Veja que
quando cessaram os vasos, cessou também o azeite. Há pessoas que dizem assim:
“ah, pastor, mas estou com tantos problemas...”, “ah, Senhor, o Senhor entende,
está acontecendo isso, isso e aquilo”, “ah, Senhor,....”. Não se pode dar
desculpas. Pra Deus não desculpas que justifiquem a inanição...
Deus derrama vitórias sobra a igreja
que marcha, que vai a luta, que trabalha, que vai ao encontro de novos vasos,
ou seja, novos corações: “Venham todos, há algo de especial aqui!”. “Venham,
Deus quer fazer algo em sua vida!”...
4. Significa que o
enchimento do Espírito é a provisão para a igreja (v.7)
A presença do Espírito Santo é a
provisão de que necessitamos. Onde há o Espírito há prosperidade. Prosperidade
na vida, na casa, na igreja.
Conclusão
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