Primeiramente, o conceito cristão do certo tem
uma fonte superior – Deus. O cristão declara que Deus é um Ser pessoal,
infinitamente amoroso, cujas perfeições são absolutas. Até mesmo o mais
otimista dos humanistas não cristãos pode, na melhor das hipóteses, oferecer
uma espécie humana que, segundo espera e de modo emergente, está sendo
aperfeiçoada por ensaio e erro. Se a declaração cristã é correta, então a
origem ulterior da sua moralidade (o caráter de Deus) é infinitamente superior
a qualquer ética meramente humanista.
Em segundo lugar, a ética cristã tem uma
manifestação pessoal superior – Jesus Cristo. A Bíblia ensina que Cristo é Deus
encarnado, ou seja, em carne humana (Jo 1.1; Hb 1.8; Cl 1.16-17). O Novo
Testamento proclama que Ele é o Javé do Antigo Testamento, em numerosas
ocasiões (cf. Ap. 11.17 com Is 41.4; Fp 2.10 com Is 45.23). Além disto, o
cristianismo tem uma declaração ética superior – a Bíblia. Deus é amor e Cristo
é o amor de Deus manifestado na forma pessoal. A lei, ou a Palavra de Deus
escrita, é o amor manifestado em forma proposicional, as leis morais são o modo
de Deus colocar o amor em palavras.
Quando o egoísta diz: ”Por que devo amar outras
pessoas?” o cristão pode responder: “Porque Deus assim manda, e ele nos ajudará
um dia”. O cristão se lembra das palavras de Paulo: “Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela
carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne
pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o
pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.3, 4).
A lei moral nunca visava dar ao homem a
capacidade de viver à altura dela, da mesma maneira que fitas métricas não
feitas para tornar as pessoas mais altas, nem os prumos para endireitar prédio.
A lei foi dada para mostrar-nos o padrão; quando não chegamos à altura dele,
não empregamos o padrão para corrigir a situação. Um espelho mostrará ao homem
a sujeira no seu rosto, mas não lavará a sujeira. A lei revela a culpa do homem
diante de um Deus Santo à luz dos Seus padrões morais, mas a lei não pode
salvar. Neste sentido, a lei traz condenação, não salvação. Somente Cristo pode
salvar. Mas aqui está precisamente a superioridade do sistema cristão. Onde a
pessoa obtém a motivação para amar aos outros de acordo com o amor de Deus?
Cristãos são motivados pelo amor de Cristo (2 Co 5.14,15). Logo, a natureza
daquilo que é certo se resume assim: O
conceito cristão da ética tem uma fonte superior (Jesus Cristo), bem como uma
declaração superior (a Bíblia), e uma motivação superior (o amor de Cristo).
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