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"Evangelho sem cruz é religião sem graça e sem salvação"

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CONHECIDO DOS HOMENS, DESCONHECIDO DE DEUS!



Mateus 7.15-23
 
As pessoas estão a todo o momento buscando um reconhecimento. Um título talvez que as qualifica. Por isso temos muitos cristãos por aí. Vejo muitas pessoas se convertendo, mas uma conversão apenas de mudança de fachada, apenas de um reparo na maquiagem do comportamento e das expressões da existência. Para esses a vida é tão somente vivida na superficialidade e na exterioridade porque essas pessoas têm que serem vistas como alguém que tem um comportamento “correto”. Para elas basta tomar a família nos braços e ir ao templo aos domingos ou pelo menos uma vez por mês. Para elas basta parar na faixa de pedestres porque, afinal, essa é atitude cristã. Se no seu carro houver um adesivo que as identifica como cristãs, pelo menos aos olhos humanos, tem que andar ali, certinho, para não ser motivo de escândalo. Para outros basta enxergar um necessitado e lhe dar esmola. Outros farão questão de levar seu dízimo e depositá-lo no gazofilácio para que todos o vejam ali nesse serviço cristão. Outros farão certas orações. Outros estarão postando ou compartilhando de terceiros certas mensagens de impacto no facebook porque que é bonitinha, mas que nada ou pouco diz das suas experiências com Deus. O facebook ou livro de rosto, que poderia ser chamado de facebookmakeup (livro de rosto maquiado) nada diz realmente o que a pessoa é. Porque o que a gente é de verdade não é revelado nas redes sociais.
É nesse sentido que digo que as pessoas estão a todo o momento buscando um reconhecimento. Buscando serem vistas e conhecidas pelo que fazem ou pelo que querem que os outros pensam que fazem ou são. Portanto, o que Deus quer falar a você hoje é que o que Ele quer ver é aquilo que não pode ser visto pelos homens. Você pode ser conhecido pelos homens, mas ser desconhecido de Deus: “Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal” (v.23).
O texto em questão é a palavra do evangelho porque fala de essência. Daquilo que define. Daquilo que identifica. Daquilo que faz parte de uma área interna do ser que ninguém vê, mas que determina o caráter, as motivações, as práticas exteriores como produto da existência do evangelho na alma. Daquilo que fala de uma experiência maior à exterior: a conversão da alma para Deus. O que Jesus ensina aqui é que nem todo aquele que tem práticas cristãs é necessariamente um cristão. Nem todo o que tem convicções cristãs está vivendo um cristianismo autêntico. Todavia, todo aquele que é verdadeiramente um cristão possui práticas cristãs. Nesse caso, qual o valor daquilo que está no interior do coração do cristão e qual é o valor dos seus atos visíveis na sua experiência com Deus? A partir do contexto desses versos darei algumas definições para você avaliar a si mesmo e perceber se está vivendo uma religião para ser conhecido e visto pelos homens ou vive o evangelho que o faz ser conhecido de Deus.
Isso tudo aponta para algumas questões:
1.                 Ser conhecido de Deus não está no nível da aparência, mas da essência.

“Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão pelos seus frutos...” (vs.15-16a).


Isso tem a ver com o contexto dos versos. O contexto diz de uma seita judaica, o farisaísmo, que prevalecia se justificando pela prática religiosa e se colocando num nível superior aos dos demais. Esses homens eram intolerantes, sem misericórdia, não afetuosos, acusadores, julgadores, maquiavélicos e muitos outros predicados poderíamos usar aqui. Mas davam frutos. Os frutos que produziam lhes davam o status de serem intocáveis e inquestionáveis. Eles produziam os frutos... Entretanto, não era isso que Jesus queria. Não é qualquer fruto... fruto da aparência... mas fruto como resultado daquilo que você é.
A vida cristã não pode ser explicada, avaliada, discernida, criticada pelas práticas consideradas cristãs, inclusive aquelas legítimas percebidas na vida dos crentes. Isto é, não é pelo fazer ou deixar de fazer que podemos ser chamados cristãos, pois o que fazemos ou o que deixamos de fazer é sempre contraditório que se explica pelas questões subjetivas, pessoais, particulares, relativos ao interior do coração do homem que só Deus tem acesso. A vida cristã é algo vivido de dentro para fora; ou seja, o mais importante é o que Deus faz em nosso interior, e não o que fazemos diante dos outros como prática religiosa.
O que o indivíduo é não é o fruto da aparência, mas da essência. Esse é que deve ser medido. É a maneira genuína como vive. A bondade, a serenidade, a humildade, a sobriedade, a generosidade, o espírito dadivoso, pois estes são os frutos daquele que é conhecido por Deus. E aquele que diz que está em mim e dá fruto de outra natureza, pode dizer “Senhor, Senhor”, usando o nome Dele, pode fazer coisas extraordinárias, mas Jesus dirá: “Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, vocês que praticam o mal!”, “a natureza de vocês nada tem de mim!” Portanto, que tipo de mudanças tem-se operado em você?

2.      Ser conhecido de Deus tem a ver com a prática de frutos simples que glorificam a Deus.
“Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal!” (vs.21-23)

A questão aqui não está simplesmente nas palavras ou nos atos, mas na intenção. Esses homens são os que servem a si mesmos. O seu coração e mente estão cheios de arrogância e desejo de serem vistos e conhecidos pela comunidade religiosa a qual pertencem. Percebam que nas suas palavras Jesus deixa claro que tais pessoas andam na contramão de Deus. Não fazem a vontade de Deus, mesmo que os homens os vejam como ungidos de Deus. Seus pensamentos estão na grandiosidade das suas ações: “profetizamos em teu nome”; “em teu nome expulsamos demônios”; “em teu nome realizamos milagres”. “Mas nunca os conheci”, dirá Jesus. O motivo é que não fariam a vontade do Pai.
Os que são conhecidos por Deus são os que fazem a vontade do Pai, e não a dos homens. Há pessoas que acreditam serem seguidoras de Jesus, mas na verdade não são. Naquele dia o Senhor não consultará o rol de membros da igreja, nem o livro de atas para ver se há registro das suas realizações. Ele diz: “Apenas os que fazem a vontade de meu Pai”.
Jesus diz isso pra que a gente não se auto engane achando que podemos comprar a aprovação de Deus.

3.                 Ser conhecido de Deus tem a ver com a mudança de natureza. Ou seja, é um prêmio pela conversão da alma.
“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (v.21).

Nesse sentido muitas igrejas têm sido falhas e precisam se arrepender. Pastores com intuito de tornar sua igreja vista pelo que faz adotam o caminho da facilidade cristã para seu rebanho. Isso é serio, pois nesse caso, o evangelho puro e simples não é pregado. Mas o ser conhecido por Deus passa obrigatoriamente pela salvação dos pecados; isto é, conversão. Se a questão é entrar no céu, qual o caminho que aqui se diz “vontade do Pai”? O Jesus que morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia... Não é dizer que é cristão e se tornará um. Aleluia! Bem-vindo ao céu!
No dia em que Jesus voltar somente uma coisa importará: Se nossa natureza mudou ou não, se nos convertemos ou não.

Conclusão
Portanto, é de uma mudança interior de que o evangelho trata. É da alma. É da mudança de vida. Deus não está preocupado com o que você faz porque se você for alcançado pelo evangelho, se ele entrar em você e sua vida for mudada por meio dele, os resultados será visíveis. Não um resultado fabricado. Mas uma pratica natural produto da sua essência. Quem é uma árvore que está em Deus e Deus nele, produz frutos dignos da vontade de Deus. Lucas 3.8 diz: “Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão”. Não adianta dizer eu sou crente...

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