“Diz o louco em seu coração: ‘Deus não existe’. Corromperam-se e
cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem. O Senhor olha dos
céus para a humanidade para ver se há alguém que tenha entendimento, alguém que
busque a Deus. Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém
que faça o bem, não há um sequer”.
Salmos 14.1-2
O louco diz: “Deus não existe”. Eu fico imaginando o que
leva um indivíduo a negar a existência ou a soberania de Deus. E mais o que
significa dizer que Deus não existe. O Salmo de hoje diz que a negação da
existência de Deus se traduz na maneira como o indivíduo vive a sua vida.
Porque não precisa ser ateu pra negar a Deus. Você pode estar negando a Deus
simplesmente desconsiderando aquilo que ele é. Por desconsiderar Deus é que
vemos os resultados também descritos no texto: corrupção e maldade. O
interessante é que Deus pode ser desconsiderado mesmo a pessoa sendo religiosa,
porque ter ou praticar uma religião não diz muita coisa. Pode-se ser religioso
e Deus ser negado com as atitudes. Quer ver uma coisa. Olha para a nossa nação.
O Brasil é o maior país cristão do mundo, mas o cristianismo do Brasil não
ajuda o Brasil. A corrupção continua se alastrando, a violência crescendo. O
cristianismo do Brasil não ajuda a melhorar a qualidade de vida dos
brasileiros. E aí o indivíduo entra na religião acreditando que tudo estará
resolvido e não se resolve. Não acha Deus em lugar nenhum e diz: Deus não
existe. Ou, então, por não ter experiências vivas com Deus limitam-se apenas em
serem religiosos.
Depois da constatação de que há os que ignoram a existência
de Deus o salmista faz um desabafo: “Corromperam-se e cometeram atos
detestáveis; não há ninguém que faça o bem”. Parece que o salmista não admitiu
exceções. Em qualquer tempo da história “Não há quem faça o bem, não há um
sequer”. Esse não há é absolutamente desanimador. Se “não há um sequer que faça
o bem”, o que será da humanidade. Haverá jeito pra ela?
A todo momento vemos e ouvimos de atos corruptos por parte
daqueles que deveriam ser o exemplo e trabalhar pela nação. Mas muitas vezes
nos prendemos somente a isso e nos esquecemos dos nossos atos diários que
refletem a corrupção em nosso ser interior. Isso pode acontecer no trânsito, na
atitude para com a pessoa que nos fez mal, no troco a mais que o caixa do
supermercado deu, mas não devolvemos, no uso da mentira e do engano nas mais
variadas situações. Por ignorar a Deus a corrupção torna-se a opção da maioria.
Porém, há outra opção. O homem tem escolha. A outra é considerar Deus na sua
existência. Quando isso acontece vivemos em torno da santidade de Deus que não
admiti corrupção. Mas viver sem corrupção é difícil, pois exige renúncia.
Enquanto corromper-se é tornar-se podre, santificar-se é
tornar-se santo. Dois processos num mesmo plano. Um caminha para cima o outro
para baixo. A santificação vai libertando cada vez mais o pecador do mal, a
corrupção vai cada vez mais amarrando-o ao mal. A santificação salva a
humanidade do mal. A corrupção torna a humanidade cada vez mais doente. O
corrupto o é pela perda da noção do que Deus é. O que se afasta do mal o faz
pela certeza da existência e da santidade de Deus. Ninguém é obrigado a se
corromper ou a se santificar, mas saiba que a escolha determinará se haverá
jeito para a humanidade.
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