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SABEDORIA: EDUCAR PARA A VIDA

Estamos vivendo uma época extremamente crítica. A sociedade está se degenerando aos poucos porquê aos poucos se degenera a família. Olho para a juventude dos nossos dias, e encontro algumas coisas que são extremamente preocupantes, no mínimo.

Agora, digo isso porque tudo começa na família, no relacionamento entre pais e filhos. O filho é produto de uma relação familiar. Ou seja, se a nossa sociedade está desestruturada é porque as famílias estão desestruturadas. Se experimentamos tantos problemas com nossa juventude é porque existem áreas nas famílias que precisam ser tratadas, no que diz respeito, principalmente, à educação e formação dos filhos.

Hoje, em nossa gota de sabedoria, quero abordar este assunto sob perspectiva de que pais sábios investem no futuro dos filhos. Abordaremos a questão da criação e educação dos filhos considerando algumas atitudes que devem ser evitadas e outras que devem ser cultivadas por serem sábias.


I. A SABEDORIA ESTÁ NUMA RELAÇÃO DE AMOR
Henry Cloud no livro Relacionamentos saudáveis diz que todo ser humano possui quatro necessidades básicas: ser conhecido; ser integrado; ser compreendido; ser amado.

Deve-se compreender as cinco linguagens de amor: palavras de afirmação; prestação de serviços; presentes; qualidade de tempo; contato físico. O amor deve ser demonstrado numa linguagem em que o filho compreenda melhor.


II. A SABEDORIA ESTÁ NUMA RELAÇÃO DE DISCIPLINA

a) Na imposição de limites

Na Bíblia vemos um exemplo de alguém que não deu limites aos filhos: Davi. Por exemplo, quando Absalão matou seu irmão Amon, Davi não permitiu que fosse punido. O próprio Amon não fora punido após ter estuprado a irmã. Minimizou também os desejos malignos de Adonias que quis tomar seu trono. E Absalão quando quis tomar o trono de Davi, esse mesmo pai ao invés de agir para impôr limites fugiu com medo de confrontar seu filho. E o resultado de todo esse processo de descontrole familiar em que o pai não impôs limites aos filhos, os filhos se descontrolaram na arte de fazer o mal. Os filhos começaram a achar que podiam fazer o que queriam sem ter que prestar contas a qualquer pessoa que fosse. Não sabiam até onde podiam ir. Não sabiam que a liberdade terminava quando esta interferia na do outro. O pai Davi, embora muito bom em muitas coisas falhou e toda a sua família pagou a conta.

Muitos pais têm medo de dar limites aos filhos. A educação autoritária que os pais de hoje receberam dos pais de ontem produziu na vida de muitos a insegurança nos momentos de tomada de decisão, o que se reflete na educação familiar. A repressão do passado pode levar os pais a dois extremos: um a de produzir uma educação repressora, assim como recebeu no passado; ou então, produzir uma educação de fronteiras sempre móveis, ou seja, não há fronteiras, não há limites. Uma pessoa insegura faz tudo para agradar aos outros, nesse caso, os filhos também. Jamais tem a segurança de escolher.

Muitos hoje dizem: “É PROIBIDO PROIBIR”. Só que nossa sociedade clama por limites. Nossos filhos clamam por limites. Dar limites não significa não dar carinho. O limite é uma forma de afeto. Quem ama apresenta limites ao amado. Os limites devem ser percorridos pelo dizer “sim” umas vezes e “não” outras vezes. Dar limites significa algumas vezes os pais fazerem uso do castigo, por exemplo:


Imponha limites ao seu filho. Ele precisa disso. A autoridade dentro de casa é dos pais e não dos filhos. Porém, não confunda autoridade com autoritarismo. São coisas diferentes. Não queira educar seu filho como você foi educado.

b) Participar da vida dos filhos
Terceirização da educação dos filhos acontece muito nos dias de hoje. A escola e a igreja recebem, muitas vezes, o papel que elas não têm que desempenhar. Os filhos passam mais tempo na rua do que no convívio com os pais. Além disso, na escola e na igreja a educação tende para o formal e o grupal, com pouco espaço para o individual, para o encontro face-a-face, como é típico na relação pais-filhos, irmão-irmãos. Só o lar pode verdadeiramente formar os princípios na vida do indivíduo. A escola e a igreja no máximo reforçam esse ensino. Engana-se o pai e a mãe que terceirizam a educação dos filhos.

Outra coisa, e quando essa responsabilidade é colocada sobre os avós? Pode ser outra complicação. Sabe por quê? Os avós existem para estragar os netos. Claro! Ou você é tão ingênuo a ponto de acreditar que os avós vão educar seus filhos. Como exceção pode até acontecer, mas é difícil, pois depois de passar tantos anos criando-os e educando-os você acredita que eles vão se preocupar com seus filhos? Há, há, há! Eles querem mesmo é se divertir com os netos. Os avós aqui podem dizer amém? Os avós não podem ter a responsabilidade de educar os netos porque os nossos filhos precisam estabelecer uma diferença de autoridade. Precisam saber que a maior autoridade sobre suas vidas são seus pais. E a benevolência dos avós é importante nesse processo. Então, quando nossos filhos saem da casa dos avós, que permitiram que fizessem e mexessem em tudo, quando chegam nas suas casas os pais não permitiram as mesmas coisas. Isso ajudará na identificação de que os pais são as maiores autoridades sobre suas vidas. E aos avós digo para que jamais interfiram na educação que seus filhos dão aos netos.

Quando o Mateus chegava na casa da minha sogra, ia no aparelho de som e mexia. Ia no porta cd’s e espalhava tudo. Fazia uma bagunça. Ela e meu sogro se divertiam. Quando chegávamos em casa, ele tinha de saber que era diferente da casa dos avós. Nós não permitiríamos que mexesse em tudo. E essa diferença entre pais e avós tem que existir, pois é extremamente saudável.

Os pais têm que sentar com os filhos para conversar abertamente. Têm que se inteirar da vida deles, claro, sem interferir na medida de liberdade que os filhos precisam ter. Têm que brincar com os filhos. Têm que aconselhar. Têm que dar tempo. É claro que hoje em dia muitos pais com o desejo de dar o melhor para os filhos acabam usando todo o tempo com trabalho. Não digo que os pais têm que parar de trabalhar. Claro que não! Mas cuidado para que o excesso de trabalho, sem a real necessidade, não esteja roubando a oportunidade de você ver seus filhos crescerem, e o que estão fazendo, e os lugares que frequentam, e as amizades que nutrem. Cuidado!

c) Seja exemplo para os filhos

Mas o que isso significa? Significa que deve ser abolido o ditado: “FAÇAM O QUE DIGO, MAS NÃO FAÇAM O QUE FAÇO”. Sabem por quê? Os filhos não copiam discursos, mas atitudes paternas. Os filhos reproduzem o que os pais são. Isso é regra. Ser pessoa diferente dos pais é exceção.

Vou dar um exemplo. Abraão quando passou pelo Egito com sua família, mentiu dizendo ser irmão de Sara com o medo de ser morto por Abimeleque, rei do Egito, que cobiçando Sara poderia toma-la por mulher. Seu filho Isaque assistiu tudo isso, e quando esteve em situação semelhante, mentiu igual ao pai. E seu filho Jacó aprendeu a mentir com o pai e o avô, e ainda fez pior que ambos. Quem quebrou esta cadeia toda foi o filho de Jacó, José, com formação de caráter. Ou seja, escolheu ser a exceção à regra.

Portanto, é sobremodo importante os pais compreenderem que o exemplo que deixam é que marcará a filho dos filhos. Não adianta os pais dizerem: “Seja uma boa pessoa”, se ele não o é. E por aí a fora. Não pense que seu filho será diferente do que você é. Ele vai copiar o seu exemplo, e não as sua palavras. Mas se as sua palavras estiverem acompanhadas e em acordo com as suas atitudes, então seu filho poderá ter um futuro brilhante diante da sociedade em geral.

d) Não dê tudo o que o filho quer - Se não ele acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que desejar;

e) Não apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas, etc. - Para ele para que não aprenda a jogar sobre os outros toda a sua responsabilidade.

f) Não dê todo o dinheiro que quiser - Ensine a ganhar seu próprio dinheiro.


III. DICAS PARA UMA BOA EDUCAÇÃO

1° Formação plena: através da convivência, dos bons exemplos, é que se desenvolve o corpo a personalidade e o caráter, harmoniosamente. A família além de alimentar o corpo, deve alimentar também a alma.

2° Informação: Os valores morais e espirituais são passados aos filhos e estes lhes servem para o desenvolvimento da vida, valores que são eternos.

3° Diálogo: é essencial conversar sobre os ideais, sobre os anseios e tristezas, vitórias e alegrias, as experiências do dia a dia, vida escolar, profissional, o que se vê e o que se ouve, tem no lar o melhor ambiente para serem analisados, sempre com muito temor a Deus.

4° Troca de experiências: não só os filhos devem aprender com os pais, mas também os pais com os filhos as experiências vividas no dia a dia, selecionando-as, e aplicando-as para o bem estar de todos.

5° Momentos de lazer e recordações: a família precisa gozar juntos, dos momentos de passeios e recordações, de passagens familiares que não podem ser esquecidos, conservando assim a sua própria história.

6° Ensino sobre a fé: são momentos de comunhão com Deus, onde Ele é exaltado e o nome de Jesus è proclamado. Cânticos, orações e estudos bíblicos, em família, enriquece a todos.


CONCLUSÃO

Sabemos que muitas são as barreiras encontradas na vida familiar: o corre-corre do dia a dia, filhos abandonados ao seu próprio destino, desvalorização da convivência familiar, o egoísmo, a interferência da televisão e outros meios de comunicação, o consumimo, a perda dos conceitos divinos estabelecidos para a família, etc. Mas, com tudo isto, é possível fazer da família o melhor lugar do mundo; para tanto, é necessário que todos os membros da família trabalhe pela felicidade um do outro, harmoniosamente, agradando a Deus e vivendo melhor, é possível!

PR. LEANDRO MENEGATTE

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