2. COMPARAÇÃO
“- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
- Ó, rainha, és verdadeiramente bela, mas Branca de Neve é ainda mais bela.”
Primeiro a gente percebe a relação da doentia madrasta com o espelho mágico. Nesse conto percebemos as expectativas doentias da rainha gerando também doentias comparações: “Há alguém mais bonita do que eu?”. Nesse caso, acontece algo revelador: se há algo que está comprometido com a verdade é o espelho. Ele é absolutamente confiável naquilo que diz. Somos o que ele reflete. Não adiante querer agradá-lo ou suborná-lo. Ele não se corrompe.
Embora seja apenas uma ficção, o espelho revela a relação doentia entre expectativa/comparação e a geração do descontentamento. Sendo assim, somos levados a constatação de que o indivíduo vive a sua vida em função das respostas que almeja receber às perguntas: Há alguém mais bonito do que eu? Há alguém mais inteligente, mais bem sucedido do que eu? Há alguém mais bem casado do que eu? Há alguém com uma casa ou carro melhor do que os meus? Portanto, vemos que as relações têm muito de comparações constantes. A comparação gera pelo menos três problemas:
a) Gera o descontentamento social - A posição na sociedade está diretamente relacionada ao bem que possuo. O indivíduo vale o que possui. Não quer ser reconhecido como alguém que nada é por nada ter, logo, gera-se o descontentamento social.
b) Gera o descontentamento estético – Esse é o problema entre ética e estética. A sociedade baseia-se na falsa premissa de que “a primeira impressão é a que fica”. Isso é verdade somente quando a aparência toma o lugar da essência. Há pessoas que, inclusive, são capazes de trocar princípios importantes em nome da estética. Por isso a difusão de academias, fórmulas mágicas de beleza, clínicas de estética, cremes, loções e etc... Veja, nada há de errado nessas coisas em si. Não defendo uma postura contrária a elas. Não me entendam mal. O que considero são as motivações que levam o indivíduo a buscar essas coisas...
c) Gera inveja (23.17) - A inveja se define precisamente pela tristeza que brota no coração pelas coisas boas vistas nos outros. O objeto do invejado é sempre idealizado. Por isso, para o invejoso é mais importante arrancar do outro a coisa invejada do que conseguir o mesmo para si. Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos inferiores a eles em algum aspecto, estamos dominados pela inveja. Nunca poderá haver inveja sem comparação.
Mas, o que é contentamento? Primeiro vejamos o que não é contentamento.
• Contentamento não é submissão à pobreza. O contentamento não pode ser usado como desculpa para preguiça e inatividade. A Bíblia não ensina que não deve lutar para melhorar a vida.
• Contentamento não é passividade; ou seja, não se pode ficar indiferente às circunstâncias da vida. Todos devemos procurar melhorar as circunstâncias na medida do possível. Todavia, quando não for possível, a impossibilidade não deve ditar o ânimo.
“- Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
- Ó, rainha, és verdadeiramente bela, mas Branca de Neve é ainda mais bela.”
Primeiro a gente percebe a relação da doentia madrasta com o espelho mágico. Nesse conto percebemos as expectativas doentias da rainha gerando também doentias comparações: “Há alguém mais bonita do que eu?”. Nesse caso, acontece algo revelador: se há algo que está comprometido com a verdade é o espelho. Ele é absolutamente confiável naquilo que diz. Somos o que ele reflete. Não adiante querer agradá-lo ou suborná-lo. Ele não se corrompe.
Embora seja apenas uma ficção, o espelho revela a relação doentia entre expectativa/comparação e a geração do descontentamento. Sendo assim, somos levados a constatação de que o indivíduo vive a sua vida em função das respostas que almeja receber às perguntas: Há alguém mais bonito do que eu? Há alguém mais inteligente, mais bem sucedido do que eu? Há alguém mais bem casado do que eu? Há alguém com uma casa ou carro melhor do que os meus? Portanto, vemos que as relações têm muito de comparações constantes. A comparação gera pelo menos três problemas:
a) Gera o descontentamento social - A posição na sociedade está diretamente relacionada ao bem que possuo. O indivíduo vale o que possui. Não quer ser reconhecido como alguém que nada é por nada ter, logo, gera-se o descontentamento social.
b) Gera o descontentamento estético – Esse é o problema entre ética e estética. A sociedade baseia-se na falsa premissa de que “a primeira impressão é a que fica”. Isso é verdade somente quando a aparência toma o lugar da essência. Há pessoas que, inclusive, são capazes de trocar princípios importantes em nome da estética. Por isso a difusão de academias, fórmulas mágicas de beleza, clínicas de estética, cremes, loções e etc... Veja, nada há de errado nessas coisas em si. Não defendo uma postura contrária a elas. Não me entendam mal. O que considero são as motivações que levam o indivíduo a buscar essas coisas...
c) Gera inveja (23.17) - A inveja se define precisamente pela tristeza que brota no coração pelas coisas boas vistas nos outros. O objeto do invejado é sempre idealizado. Por isso, para o invejoso é mais importante arrancar do outro a coisa invejada do que conseguir o mesmo para si. Quando nos comparamos com os outros e nos sentimos inferiores a eles em algum aspecto, estamos dominados pela inveja. Nunca poderá haver inveja sem comparação.
Mas, o que é contentamento? Primeiro vejamos o que não é contentamento.
• Contentamento não é submissão à pobreza. O contentamento não pode ser usado como desculpa para preguiça e inatividade. A Bíblia não ensina que não deve lutar para melhorar a vida.
• Contentamento não é passividade; ou seja, não se pode ficar indiferente às circunstâncias da vida. Todos devemos procurar melhorar as circunstâncias na medida do possível. Todavia, quando não for possível, a impossibilidade não deve ditar o ânimo.
0 comentários:
Postar um comentário